"O impacto da situação calamitosa é maior nas localidades de Guara guara, Banduè, Chissinguana, Nharongue e Estaquinha, onde a crise alimentar é quase uma realidade", avançou Sidónia Enosse, citada hoje pelo órgão público Radio Moçambique (RM).
A seca, que se verifica no distrito do Búzi, levou nesta época à perda de cerca de duzentos mil hectares, sobretudo de culturas como o milho e arroz, avançou a mesma fonte.
No final de setembro passado, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, apelou à preparação da população e das entidades para os previsíveis efeitos do fenómeno El Niño no país nos meses seguintes, com previsões de chuvas acima do normal e focos de seca.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
O El Niño é uma alteração da dinâmica atmosférica causada por um aumento da temperatura oceânica. Este fenómeno meteorológico está também a provocar chuvas torrenciais na África Oriental, que já causaram centenas de mortos no Quénia, Burundi, Tanzânia, Somália e Etiópia.
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