O Ministério da Saúde de Gaza afirmou, num comunicado publicado na rede social Telegram, que "o hospital de campanha indonésio e a clínica de Tal al-Sultan encerraram as operações, deixando apenas o hospital maternidade de Tal al-Sultan a lutar pela sua sobrevivência e a prestar serviços aos pacientes em província de Rafah".
As autoridades de saúde de Gaza acusaram Israel de "atacar deliberadamente muitos hospitais e centros de cuidados primários" na área, o que causou "graves danos, além do martírio de vários profissionais de saúde e dificuldades para a população chegar até esses".
A ofensiva já tinha provocado a suspensão das operações em vários hospitais e centros da cidade, nomeadamente no hospital Abu Yusef al-Nayar, no centro médico Abu al-Walid, no hospital de campanha de Rafah e no hospital especializado do Kuwait.
"Reiteramos o nosso apelo a todas as instituições internacionais para que forneçam proteção a todos os hospitais, profissionais de saúde e ambulâncias diante da opressão e arrogância da ocupação israelita", sublinhou, referindo ainda a intensificação da ofensiva de Israel nos últimos dias contra a cidade.
A escassez de instalações médicas representa uma ameaça à saúde dos palestinianos doentes e feridos em consequência dos ataques israelitas, incluindo aquele realizado na madrugada de segunda-feira contra um campo de deslocados em Rafah, que deixou pelo menos 45 mortos e cerca de 250 feridos, segundo as autoridades de Gaza.
Israel lançou a sua ofensiva contra Rafah em 06 de maio, pouco depois de rejeitar uma proposta de cessar-fogo apresentada pelo Egito e pelo Qatar que tinha sido apoiada pelo Hamas, o que levou à suspensão das operações humanitárias através das passagens de fronteira.
As tensões têm aumentado desde então devido à intensificação da ofensiva israelita em Gaza, apesar dos apelos internacionais e de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) para encerrar os seus ataques.
A guerra entre Israel e Hamas começou em 07 de outubro, após o grupo islamita palestiniano ter entrado no território israelita e matado cerca de 1.200 pessoas e sequestrados cerca de 240 outras. O Hamas afirma que mais de 36 mil pessoas já morreram na ofensiva israelita sobre o enclave palestiniano.
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