Quatro jornalistas russos foram, esta terça-feira, condenados a cinco anos e meio de prisão depois de terem sido considerados culpados, por um tribunal de Moscovo, de trabalhar para a Fundação Anticorrupção, de Alexei Navalny, proibida na Rússia, avança a agência Reuters.
Antonina Favorskaya, Sergei Karelin, Konstantin Gabov e Artem Kriger (que pode ver, em tribunal, na galeria de imagens no topo do texto) estavam a ser julgados, à porta fechada, desde outubro. São acusados de pertencerem a um grupo extremista, algo que negaram desde o início.
Navalny, opositor do presidente russo, Vladimir Putin, morreu aos 47 anos, quando estava detido numa colónia penal do Ártico, a 16 de fevereiro de 2024, onde cumpria uma pena de prisão de 19 anos por acusações de extremismo.
Os serviços penitenciários federais russos deram conta de que o político se tinha sentido mal após uma caminhada e perdido a consciência. A versão oficial sobre a morte de Navalny, que foi tornada pública pela Rússia em agosto de 2024, é de que o líder da oposição morreu de causas naturais, devido a uma arritmia.
Este diagnóstico foi recebido com ceticismo, o que levou um grupo de médicos e autoridades de saúde russas a pedirem a Putin que abrisse um processo-crime contra os funcionários da prisão, que consideraram terem tido um "comportamento negligente das suas obrigações".
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