China e Guiné Equatorial reforçam relações em Pequim

O presidente chinês reuniu-se hoje com o homólogo da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, com quem elevar o nível das relações entre os dois países para uma "parceria estratégica de cooperação".

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Lusa
28/05/2024 14:26 ‧ 28/05/2024 por Lusa

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China

Durante o encontro com Obiang, que já visitou a China dez vezes, Xi Jinping disse que o "apoio mútuo" entre as duas nações ilustra a amizade entre a China e os países africanos, de acordo com a imprensa local, citada pela agência de notícias espanhola EFE.

Desde 1970, ano em que foram estabelecidas relações diplomáticas entre os dois países, a China tem mantido acordos de cooperação com a Guiné Equatorial em setores como a saúde, a educação, a energia, a construção, as telecomunicações e a navegação.

O interesse da China na Guiné Equatorial progrediu paralelamente à descoberta de importantes depósitos de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural) no país, no final da década de 1990.

A imprensa estatal chinesa sublinhou esta semana que a visita de Obiang, no poder desde 1979, tem como objetivo "expandir a colaboração bilateral" para "diversificar a economia do país africano e melhorar a sua capacidade industrial".

De acordo com o jornal Global Times, os laços bilaterais são "um modelo de cooperação sul-sul" de dois países que se "tratam como iguais".

"A China tem apoiado a Guiné Equatorial em muitos domínios, tanto económicos como técnicos. Pode dizer-se que parte da transformação da Guiné Equatorial se deve precisamente ao apoio económico do Governo chinês", afirmou Obiang numa entrevista recente à agência noticiosa estatal Xinhua.

Obiang disse que a Guiné Equatorial espera que a China "aumente o apoio à formação de talentos para ajudar o país a estabelecer uma base sólida para o desenvolvimento independente".

Além disso, especialistas chineses referiram ao jornal Global Times que "a China vai trabalhar para promover a industrialização na Guiné Equatorial", uma vez que o país rico em recursos naturais "precisa urgentemente de diversificar o seu desenvolvimento económico e a sua industrialização".

A China tem demonstrado um interesse crescente em África, tornando-se o maior parceiro comercial do continente.

De acordo com dados recolhidos pela Universidade Johns Hopkins (Baltimore, Estados Unidos), entre 2000 e 2019, entidades chinesas assinaram mais de 1.100 compromissos de empréstimos no valor de cerca de 153 mil milhões de dólares (cerca de 140 mil milhões de euros) com governos africanos ou empresas públicas de países africanos.

Pequim também abriu a sua primeira base militar no estrangeiro num país do Corno de África, o Djibuti, em 2017.

Leia Também: Desmantelado esquema de branqueamento de capitais na Guiné Equatorial

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