Gaza? "Apenas um terço dos hospitais permanecem parcialmente funcionais"

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, revelou que os feridos do ataque israelita em Rafah no domingo estão a ser tratados num "já sobrecarregado ponto de estabilização apoiado pela OMS, bem como noutros hospitais de campanha".

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© Hollie Adams/Bloomberg via Getty Images

Notícias ao Minuto
28/05/2024 18:49 ‧ 28/05/2024 por Notícias ao Minuto

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Israel/Palestina

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que, neste momento, "apenas um terço dos hospitais de Gaza permanecem parcialmente funcionais" devido às consequências dos ataques israelitas no enclave.

"Apenas um terço dos hospitais de Gaza permanecem parcialmente funcionais e lutam para satisfazer as necessidades devido à falta de abastecimentos, equipamento e combustível adequados e ao esgotamento dos profissionais", pode ler-se numa publicação do responsável na rede social X (antigo Twitter).

Sobre as vítimas do bombardeamento israelita ocorrido na noite de domingo em Rafah, que fez dezenas de mortos, Tedros revelou que os feridos estão a ser tratados num "já sobrecarregado ponto de estabilização apoiado pela OMS, bem como noutros hospitais de campanha" na cidade do sul da Faixa de Gaza.

"À medida que a violência em Rafah continua a aumentar, quase um milhão de pessoas deslocadas estão mais uma vez em busca de uma segurança que não existe em Gaza. O encerramento contínuo da fronteira de Rafah, a falta de combustível e de ajuda para entrar e atravessar Gaza, assim como os frequentes atrasos e recusas de missões, têm sufocado a nossa capacidade de apoiar o sistema de saúde numa altura em que as operações deveriam estar a aumentar rapidamente para satisfazer as necessidades crescentes", referiu ainda o responsável.

Por fim, o responsável deixou um apelo para "abrir a passagem de Rafah" de forma a "garantir que as missões possam prosseguir em tempo útil".

"Proteger os civis e os cuidados de saúde. Cessar-fogo", reiterou Tedros.

De recordar que o conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 36.000 mortos, segundo o Hamas, que governa o pequeno enclave palestiniano desde 2007.

Rafah, na fronteira com o Egito, é o principal ponto de passagem da ajuda humanitária para Gaza e onde se refugiaram mais de um milhão de deslocados palestinianos oriundos de outras zonas do território.

Apesar dos apelos internacionais, Israel mantém a ação militar em Rafah, onde diz que estão as últimas unidades ativas do grupo extremista palestiniano Hamas.

Leia Também: OMS lamenta interrupção das evacuações médicas após ofensiva em Rafah

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