Polícia dispersa protesto na Cidade do Cabo em véspera de eleições

A polícia sul-africana dispersou um violento protesto que decorreu na noite de hoje na Cidade do Cabo, em véspera de eleições gerais, noticiou a imprensa local.

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© Getty Images

Lusa
29/05/2024 00:00 ‧ 29/05/2024 por Lusa

Mundo

Cidade do Cabo

Os manifestantes queimaram pneus, bloquearam estradas, apedrejaram carros e incendiaram um autocarro em Philippi, uma área urbana na região de Cape Flats, na Cidade do Cabo, na província sul-africana de Cabo Ocidental, que é governada pelo Aliança Democrática (DA), maior partido da oposição.

Segundo o portal sul-africano News24, jovens, muitos deles usando balaclavas, bloquearam as principais estradas de acesso aquela área com pneus em chamas e pedras, havendo semáforos incendiados e carros apedrejados. Anteriormente, um autocarro foi queimado.

Os manifestantes dispersaram após a chegada de agentes da polícia, que chegaram a ser apedrejados, adiantou.

Durante a tarde, o ativista e candidato independente às eleições provinciais no Cabo Ocidental, Zach Achmat, escapou ileso naquela área após o seu carro ter sido baleado durante uma tentativa de assalto à mão armada, segundo o portal sul-africano.

As autoridades sul-africanas não comentaram o incidente, desconhecendo-se também o motivo do violento protesto.

A África do Sul colocou 2.900 militares em estado de prontidão para reforçar o dispositivo policial de segurança às eleições que se realizam quarta-feira, disse hoje à Lusa fonte das Forças Armadas sul-africanas.

As últimas sondagens apontam que o ANC deverá continuar o declínio eleitoral iniciado em 2014, podendo perder a maioria absoluta nas eleições de quarta-feira.

Pelo menos 52 partidos políticos foram validados para concorrer a nível nacional às eleições para o parlamento, segundo a comissão eleitoral sul-africana.

O ANC detém atualmente 230 dos 400 assentos parlamentares (57,50%), enquanto o DA e a EFF têm 84 e 44 lugares, respetivamente.

As eleições gerais na África do Sul assinalam as primeiras três décadas de democracia sob a governação do ANC de Nelson Mandela após a queda do anterior regime de 'apartheid' em 1994.

Leia Também: Eleições na África do Sul poderão acentuar divisões após fim do apartheid

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