"Praticamente todos os países aliados foram vítimas da intensificação dos ataques híbridos da Rússia", realçou Blinken, em declarações aos jornalistas após uma reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO em Praga.
"Sabemos o que eles estão a fazer e responderemos, individual e coletivamente, se necessário", garantiu.
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros checo, Jan Lipavsky, sublinhou que a Aliança Atlântica deve "agir e trabalhar em conjunto para impedir" estes ataques.
"É muito sério, e a minha interpretação é que [o Presidente russo Vladimir] Putin decidiu optar pela escalada, por se sentir menos seguro desde a sua eleição", acrescentou Lipavsky.
Entre os exemplos deste tipo de ações, a Rússia retirou as boias que demarcavam a sua fronteira com a Estónia no rio Narva, na semana passada, com Tallinn a denunciar uma provocação.
Os serviços de segurança polacos divulgaram na quarta-feira a detenção de três pessoas suspeitas de terem iniciado incêndios criminosos "em nome" da Rússia, em várias regiões da Polónia.
No final de abril, um britânico de 20 anos foi acusado no Reino Unido depois de ter sido acusado de organizar ataques contra "empresas ligadas à Ucrânia".
Blinken denunciou também o aumento dos ciberataques e das ações de desinformação pela Rússia.
A Polónia adiantou hoje que um relatório falso que apareceu no serviço da agência nacional de notícias PAP, segundo o qual 200.000 polacos seriam mobilizados para lutar na Ucrânia, foi provavelmente o resultado de um ciberataque russo.
A Rússia procura "testar os nossos limites" e aproveita os nossos medos ao aumentar os seus ataques híbridos, tinha alertado na segunda-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia, Margus Tsahkna, numa entrevista à agência France-Presse (AFP).
"Notámos um aumento na atividade dos serviços secretos russos no território da Aliança", observou o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, na terça-feira em Bruxelas.
"Portanto, reforçámos a nossa vigilância e os nossos próprios serviços estão a monitorizar muito de perto o que os russos estão a fazer", vincou Stoltenberg.
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