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Insegurança no México leva a fecho de 222 locais de voto e afeta 120 mil eleitores

Pelo menos 222 centros de voto vão permanecer encerrados nas eleições de hoje no México, devido a problemas de segurança ou conflitos sociais, afetando cerca de 120 mil eleitores, informou o Instituto Nacional Eleitoral (INE).

Insegurança no México leva a fecho de 222 locais de voto e afeta 120 mil eleitores
Notícias ao Minuto

06:11 - 02/06/24 por Lusa

Mundo México

A maioria dos centros de voto (108) situa-se em Chiapas, estado fronteiriço do sul onde as disputas entre o crime organizado e a elevada violência levaram à suspensão das votações nos municípios de Chicomuselo e Pantelhó.

Também em Michoacán, um estado no oeste do país, haverá 84 locais de voto que hoje não vão abrir devido à insegurança, disse em conferência de imprensa Miguel Ángel Patiño, diretor executivo da organização eleitoral do INE, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Os outros estados afetados com menos de dez locais de voto encerrados são Oaxaca, Nuevo León, Guanajuato, Colima e Tlaxcalae. Já com apenas um local de voto encerrado estão Chihuahua, Nayarit, Sinaloa e a Cidade do México.

Estes encerramentos ocorrem no meio da violência eleitoral: já foram assassinados 22 candidatos, segundo números do governo que ficam abaixo dos registados por grupos independentes, que apontam para entre 31 a 34 mortos.

Mesmo assim, o INE prometeu segurança nas urnas, argumentando que estas 222 assembleias de voto são pouco mais de 0,1% das cerca de 170 mil que estão a ser instaladas.

Mais de 98 milhões de eleitores são hoje chamados às urnas no México para eleições gerais que poderão eleger a primeira Presidente do país, que enfrenta problemas como o narcotráfico, as migrações e a relação conturbada com os EUA.

Estas serão as maiores eleições da história do país, com mais de 20 mil cargos a serem disputados numa única volta, nomeadamente para a Câmara dos Deputados (500) e o Senado (128), além de oito governadores (mais o governo da capital, Cidade do México) e outros cargos regionais e locais, de acordo com o INE mexicano.

As duas mulheres que estão à frente na corrida presidencial são Claudia Sheinbaum - do partido de centro-esquerda Movimento Regeneração Nacional (MORENA), que integra a coligação governamental Vamos Continuar a Fazer História - e Xóchitl Gálvez, do conservador Partido da Ação Nacional (PAN), que faz parte da coligação de oposição Força e Coração pelo México.

A eleição de uma Presidente seria um enorme passo num país com níveis alarmantes de violência baseada no género e com profundas disparidades nessa área. Na sua forma mais extrema, a misoginia é manifestada no país através das altas taxas de homicídios e de outros tipos de crimes violentos cometidos contra as mulheres.

O escrutínio também é marcado pelo maior número de sempre de observadores eleitorais estrangeiros na história do país, com o registo de mais de 1.300 elementos credenciados.

Leia Também: México pode eleger no domingo uma Presidente pela primeira vez

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