Lavrov visitou o continente africano várias vezes nos últimos dois anos, numa altura em que a Rússia procura o apoio - ou pelo menos a neutralidade - de muitos dos seus 54 países, no contexto da invasão à Ucrânia.
Lavrov reuniu-se com o seu homólogo da Guiné-Conacri, Morissanda Kouyaté, de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
O Governo da Guiné-Conacri afirmou, num comunicado, que a reunião tinha como objetivo discutir áreas de cooperação mútua, sem entrar em pormenores.
Não ficou imediatamente claro quais os países africanos que Lavrov poderá visitar a seguir.
A Guiné-Conacri é governada por uma junta militar desde 2021.
O coronel Mamadi Doumbouya tomou o poder dizendo que estava a impedir que a Guiné-Conacri caísse no caos e acusando o executivo anterior de promessas não cumpridas.
Em fevereiro, os líderes militares dissolveram o Governo sem dar explicações, afirmando que seria nomeado um novo.
Doumbouya rejeitou as tentativas do Ocidente e de outros países desenvolvidos de intervir nos desafios políticos de África, dizendo que os africanos estão "exaustos com as categorizações com que todos os querem encaixar".
Várias nações da África Ocidental, incluindo o Mali, o Níger e o Burkina Faso, sofreram golpes de Estado que instalaram juntas militares e cortaram, ou reduziram, os laços militares de longa data com as potências ocidentais a favor do apoio de segurança da Rússia.
Lavrov visitou o Mali no início do ano passado e prometeu apoio militar.
Também no ano passado, visitou a África do Sul - considerada a mais importante das várias nações africanas a adotar uma posição neutra em relação à guerra na Ucrânia - e regressou ao país para participar numa reunião dos países do bloco BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
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