Esposas e mães de soldados russos exigem o seu regresso da Ucrânia

Esposas e mães de soldados russos que combatem na Ucrânia manifestaram-se hoje em frente ao Ministério da Defesa para exigir o regresso dos seus familiares que estão mobilizados desde setembro de 2022.

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Lusa
03/06/2024 19:56 ‧ 03/06/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia

As mulheres seguravam cartazes em que exigiam o retorno imediato dos combatentes da linha de frente e a fixação de um prazo limite de serviço para os reservistas, segundo o canal de Telegram "Ostorozhno, Novosti", citado pela agência de notícias espanhola Efe.

Também pediam uma reunião urgente com o novo ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, que tomou posse há menos de um mês.

Pouco tempo depois de as mulheres se terem reunido em frente ao edifício, chegou uma carrinha da polícia e um agente tentou persuadir as mulheres a dispersar.

Em vez disso, as mulheres, de várias idades e algumas acompanhadas pelos filhos, ajoelharam-se e continuaram a sua ação de protesto.

Além do regresso dos soldados, as manifestantes abordaram com a polícia os maus tratos infligidos aos reservistas e o caráter indefinido da sua mobilização na Ucrânia.

Participaram na ação de protesto mulheres pertencentes a diferentes organizações, mas não da "Road Home", a mais famosa, que foi declarada agente estrangeira no dia 06 de fevereiro.

A líder da "Road Home", Maria Andreyeva, foi também incluída na lista depois de a sua organização ter apoiado abertamente a oposição extraparlamentar e se ter recusado publicamente a apoiar a reeleição do Presidente russo, Vladimir Putin.

Em setembro de 2022, o Presidente russo convocou 300.000 reservistas para combater na Ucrânia, embora um dos pontos do decreto seja secreto, abrindo a porta a uma nova campanha de mobilização.

Esta mobilização parcial provocou o êxodo de centenas de milhares de russos em idade militar, que emigraram para países como o Cazaquistão, a Geórgia e a Arménia, e também para outros países europeus.

Leia Também: Putin pede que Governo trabalhe "como combatem os soldados na Ucrânia"

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