"Consideramos tais medidas um ataque à nossa soberania nacional", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Péter Szijjártó, em São Petersburgo, onde lembrou que a Hungria importa da Rússia 72% do petróleo e 64% do gás que consome.
O ministro húngaro, que estava a participar no Fórum Económico de São Petersburgo, sublinhou que a estabilidade do abastecimento energético é de "interesse nacional e central" para a Hungria e, por isso, o seu Governo rejeita todas as decisões internacionais que "limitem ou comprometam" a segurança desses envios.
O governo ultranacionalista húngaro é um aliado de Moscovo dentro da União Europeia (UE) e critica as sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia, apesar de sempre aprovar os pacotes do grupo.
Szijjártó afirmou que o seu Governo rejeita a aplicação de tarifas extraordinárias sobre produtos energéticos "e outras armadilhas legais", sem especificar a quais medidas se estava a referir.
O ministro húngaro informou ainda que participará na Conferência de Paz para a Ucrânia, que se realizará nos dias 15 e 16 de junho na Suíça, apesar de o Governo húngaro anteriormente ter recusado estar presente.
"Como respeitamos os esforços da Suíça pela paz, estaremos representados pelo ministro dos Negócios Estrangeiros", disse Szijjártó, referindo-se a si mesmo.
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