Libertação de reféns é prova de que "Israel não cede ao terrorismo"

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, saudou hoje a operação que libertou quatro reféns israelitas em Gaza como prova de que Israel "não cede ao terrorismo".

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© GIL COHEN-MAGEN/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
08/06/2024 16:23 ‧ 08/06/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"Vocês provaram que Israel não cede ao terrorismo e agiram com criatividade e coragem ilimitadas para trazer os nossos reféns para casa", disse Netanyahu às forças israelitas, de acordo com um comunicado do gabinete do primeiro-ministro.

Segundo a declaração, a partir da sala de supervisão das operações do exército israelita, Israel não desistirá até a missão estar cumprida e ter trazido "todos os reféns para casa, os vivos e os mortos", refere a Agência France-Presse.

O exército anunciou hoje a libertação de quatro reféns israelitas no âmbito de uma operação militar "difícil" no centro da Faixa de Gaza.

Trata-se de Noa Argamani, de 26 anos, Almog Meir Jan, de 22 anos, Andrey Kozlov, de 27 anos, e Shlomi Ziv, de 41 anos, sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro no local do festival de música eletro Nova, informou o exército.

De acordo com o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu falou por telefone com Noa Argamani, cuja mãe sofre de cancro no cérebro.

Em resposta a uma pergunta do primeiro-ministro sobre como se sentia, a antiga refém disse: "Muito feliz, já não falava hebraico há muito tempo."

"Não vos abandonámos nem por um momento", continuou Netanyahu durante a conversa telefónica.

Na manhã de hoje, durante "uma difícil operação especial em Nuseirat, quatro reféns israelitas foram libertados", adiantou o Exército em comunicado.

"Eles estão em boas condições" e foram transferidos para um centro médico para exames médicos adicionais, avançou ainda o comunicado, adiantando que a operação foi realizada pelo Exército, por agentes do Shin Bet e pela força de elite Yamam em dois locais Nuseirat.

Desde o início da guerra, Israel e o Hamas só chegaram a um acordo de tréguas de uma semana no final de novembro, que permitiu a libertação de 105 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinianos.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos, segundo Telavive.

Durante este ataque, 251 pessoas foram feitas reféns, 116 dos quais ainda permanecem em Gaza, incluindo 41 mortos, de acordo com os números do Exército israelita.

Na sequência do ataque do Hamas, Israel lançou uma ofensiva em Gaza que já provocou mais de 36 mil mortos e uma grave crise humanitária no território, de acordo com as autoridades tuteladas pelo Hamas, grupo classificado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos, Israel e União Europeia.

Leia Também: Israel. Famílias consideram libertação de reféns um "triunfo milagroso"

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