Desde o início, há mais de oito meses, da guerra israelo-palestiniana na Faixa de Gaza que o Hezbollah, apoiante do movimento islamista palestiniano Hamas, e o Exército israelita estão envolvidos em trocas de disparos de artilharia, lança-foguetes e outro armamento.
Nas últimas semanas as violências intensificaram-se e as trocas de tiros provocaram incêndios nos dois lados da fronteira.
"Um 'drone' israelita efetuou um ataque aéreo com dois mísseis teleguiados que atingiram um café em Aitaroun, matando o proprietário do café, Ali Khalil Hamad, 37 anos, e um jovem, Mustafa A. Issa", indicou a Agência nacional de informação (Ani).
A agência referiu-se ainda a um "violento ataque aéreo" na povoação de Khiam, também no sul do Líbano.
O Exército israelita anunciou que "um dos seus aviões atingiu um terrorista do Hezbollah na região de Aitaroun", acrescentando que a sua aviação também "atingiu infraestruturas terroristas na região de Khiam" e "na região de Markaba, onde diversos terroristas foram identificados numa estrutura militar".
NO final da tarde de hoje o Hezbollah anunciou a morte de um dos seus combatentes, Radwane A. Issa, por disparos israelitas, e reivindicou em diversos comunicados ataques contra posições israelitas fronteiriças.
O grupo indicou que os ataques surgem "em resposta às agressões do inimigo israelita (...) designadamente em Aitaroun onde duas pessoas foram mortas", e em "Khiam e Marbaka".
Na manhã de hoje também deflagraram importantes incêndios em zonas arborizadas do sul do Líbano, designadamente "perto de instalações do Exército libanês e da Força de interposição das Nações Unidas [Finul]", perto da fronteira, e após bombardeamentos israelitas com fósforo, segundo a Ani.
As autoridades libanesas e diversas Organizações não-governamentais (ONG) internacionais acusam Israel de utilizar munições de fósforo branco, substância que se inflama em contacto com o oxigénio e que pode ser utilizada como arma incendiária.
O Hezbollah também anunciou que "atingiu um grupo de soldados do inimigo israelita que efetua uma agressão com bombas de fósforo e desencadeiam incêndios nas zonas florestais perto da localidade de Ramia".
Mais de oito meses de violências provocaram pelo menos 458 mortos no Líbano, incluindo 90 civis e 300 combatentes do Hezbollah, de acordo com uma contagem da agência noticiosa AFP.
Do lado israelita, foram mortos pelo menos 15 soldados e 11 civis, segundo as autoridades judaicas.
Dezenas de milhares de habitantes foram forçados a abandonar as suas localidades dos dois lados da fronteira.
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