Líder do Hamas acredita que a morte de civis é um "sacrifício necessário"

As mensagens reveladas pelo The Wall Street Journal parecem corroborar a ideia de que Sinwar está disposto a colocar os seus objetivos políticos acima da preservação de vidas humanas.

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© Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images

Notícias ao Minuto
11/06/2024 15:05 ‧ 11/06/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Israel

O cérebro por detrás dos ataques do Hamas a Israel, a 7 de outubro, está a 'empatar' as negociações de cessar-fogo e a usar o crescente número de mortos palestinianos em seu proveito, segundo mensagens que se tornaram públicas.

A correspondência entre Yahya Sinwar, o líder militar do grupo terrorista, e os funcionários encarregados de mediar um cessar-fogo com os funcionários do Qatar e do Egito indicam que este está mais interessado em assegurar o seu próprio futuro do que a paz.

"Temos os israelitas exatamente onde os queremos", destacou Sinwar numa das dezenas de mensagens enviadas aos negociadores do cessar-fogo obtidas pelo The Wall Street Journal (WSJ).

As mensagens revelaram um desprezo calculado pela vida humana e a convicção de Sinwar de que Israel tem mais a perder com a guerra de oito meses do que o Hamas.

De notar que mais de 37.000 pessoas, principalmente civis, foram mortas em Gaza desde o início da guerra, de acordo com as autoridades sanitárias controladas pelo Hamas. O número de combatentes mortos permanece desconhecido.

As mensagens reveladas pelo WSJ parecem corroborar a ideia de que Sinwar está disposto a colocar os seus objetivos políticos acima da preservação de vidas humanas.

Numa mensagem dirigida aos líderes do Hamas em Doha, no Catar, Sinwar citou as perdas de civis em conflitos de libertação nacional em locais como a Argélia, onde centenas de milhares de pessoas morreram a lutar pela independência de França, dizendo: "são sacrifícios necessários".

Noutra carta separada, enviada a 11 de abril a Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, cujos três filhos foram mortos num ataque aéreo israelita, Sinwar afirmava que as suas mortes e as de outros palestinianos iriam "infundir vida nas veias desta nação, levando-a a erguer-se para a sua glória e honra".

Pouco depois da divulgação destas mensagens, o Hamas aceitou a proposta de cessar-fogo israelita apoiada pelos EUA, e aprovada pela ONU, transmitida ao Catar há duas semanas, que permitiria, em primeiro lugar, uma trégua de seis semanas para trocar alguns dos restantes 120 reféns israelitas por mais de 1000 prisioneiros palestinianos.

Leia Também: Hamas diz que aceita o plano de cessar-fogo em Gaza aprovado pela ONU

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