Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) referiram que concluíram com sucesso as operações no centro de Gaza, concentradas em Deir al Balah, Bureij e Nuiserat.
E detalharam que mataram cerca de uma centena de alegados militantes no leste de Deir al Balah, onde também localizaram armas e destruíram infraestruturas do Hamas.
"Ainda há 120 reféns em Gaza e não vamos parar até os trazermos para casa, é com isso que nos comprometemos. Também destruir o inimigo e desmantelar a sua infraestrutura subterrânea e acima do solo", frisaram as IDF na nota.
As forças israelitas realizaram o resgate de quatro reféns detidos na Faixa de Gaza durante uma operação no campo de refugiados de Nuseirat.
As Nações Unidas declararam-se hoje, em Genebra, "profundamente chocadas" com o impacto sobre os civis da operação para a libertação de reféns e "profundamente angustiadas" com o facto de grupos palestinianos continuarem a manter pessoas sequestradas.
A resolução da ONU para um cessar-fogo, que esta segunda-feira teve 14 votos a favor e a única abstenção da Rússia, é a quarta aprovada pelo Conselho de Segurança sobre a guerra em Gaza.
As três anteriores não tiveram efeito após o Governo de Benjamin Netanyahu as ter ignorado e mantido a ofensiva que já deixou Gaza devastada.
Este órgão da ONU deu esta segunda-feira apoio à proposta de trégua dos Estados Unidos, lançada há dez dias, dividida em três fases e que insta agora as duas partes a implementarem os termos da proposta sem demora ou condições, incluindo "um cessar-fogo imediato e libertação dos reféns".
Nas últimas horas, Israel insistiu mais uma vez que não porá um fim definitivo à guerra antes de alcançar os seus três objetivos: enfraquecer as capacidades militares e civis do Hamas, fazer com que deixe de ser uma ameaça para Israel e trazer para casa os 116 reféns ainda mantidos em cativeiro desde 07 de outubro.
"A proposta apresentada permite que Israel cumpra estes objetivos e nós o faremos", frisou hoje um responsável israelita sobre a resolução do Conselho de Segurança da ONU, que estabelece um plano de três fases para acabar com as hostilidades em Gaza.
O grupo islamita Hamas, por seu lado, manifestou a sua satisfação com esta resolução e disse estar disposto a cooperar com os mediadores para a implementar.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, indicou hoje que a reação do grupo islamita à proposta de paz é um "sinal de esperança", mas que ainda aguardam uma resposta oficial do Hamas.
A Faixa de Gaza continua sob fogo israelita após 249 dias de guerra e no último dia o Exército israelita matou 40 habitantes de Gaza e feriu outros 120, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, que elevou o número de mortos para 37.164, na sua maioria mulheres e crianças, e o número de feridos para 84.832.
Segundo o Gabinete da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), mais de um milhão de pessoas na Faixa enfrentam "níveis catastróficos de insegurança alimentar" e mais de 96% das mulheres e crianças não consomem os nutrientes necessários devido à falta de diversidade alimentar.
Leia Também: ONU denuncia operação de libertação de reféns e os seus raptores