A nova vaga de sanções norte-americanas é anunciada na véspera do início da cimeira do G7, grupo que reúne as sete democracias mais ricas do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, mais a União Europeia).
"As medidas anunciadas hoje visam os restantes canais de abastecimento através dos quais (a Rússia) adquire materiais e equipamentos a nível internacional, incluindo a sua dependência de fornecimentos críticos de países terceiros", afirmou a secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen.
Ao anunciar as novas medidas sancionatórias, Yellen destacou como os EUA estão a "aumentar o risco para as instituições financeiras que lidam com a economia de guerra russa".
"Estamos a eliminar oportunidades de evasão e a diminuir a capacidade da Rússia de beneficiar do acesso a tecnologia, equipamento, 'software' e serviços informáticos estrangeiros", acrescentou a responsável, citada num comunicado.
As medidas do Departamento do Tesouro e do Departamento de Estado norte-americanos dizem respeito a mais de 300 entidades localizadas na Rússia e em países como a China, a Turquia e os Emirados Árabes Unidos.
A decisão de Washington inclui a Bolsa de Moscovo e várias filiais, com o objetivo de dificultar transações no valor de vários milhares de milhões de dólares, bem como entidades envolvidas em três projetos de gás natural liquefeito.
Paralelamente, o Departamento do Tesouro está a alargar a sua definição do complexo "militar-industrial" russo, com os bancos estrangeiros a poderem ser sancionados pelo seu apoio à indústria de defesa russa.
O alargamento do âmbito do chamado "regime de sanções secundárias" abre a porta a que instituições financeiras estrangeiras possam ser sancionadas se efetuarem transações que envolvam qualquer pessoa sancionada ou bancos russos visados, como o VTB ou o Sberbank, aumentando assim a lista de alvos visados de mais de 1.000 para cerca de 4.500.
Este anúncio surge na véspera da cimeira do G7 em Itália, que decorre até sexta-feira, e durante a qual o Presidente dos EUA, Joe Biden, pretende mostrar ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, que "o tempo não está do seu lado", de acordo com um porta-voz da Casa Branca.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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