O ministro dos Negócios Estrangeiros dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah Bin Zayed, enfatizou, em comunicado, "a necessidade de ambos os lados cumprirem os acordos e compromissos alcançados para pôr fim ao sofrimento dos prisioneiros palestinianos e dos reféns israelitas".
Reiterou ainda a posição firme dos Emirados sobre a necessidade de "entregar urgente e sustentavelmente ajuda humanitária aos necessitados e permitir o seu fluxo por todos os meios e sem obstáculos", com o objectivo de pôr fim às condições humanitárias críticas que os civis enfrentam há mais de 15 meses.
O seu homólogo jordano, Ayman al-Safadi, apelou à comunidade internacional para lançar uma operação imediata para levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza e enfatizou a importância de lançar um esforço real para reconstruir o enclave palestiniano.
Ambos os líderes concordaram também em exigir novos esforços para consolidar a criação de um Estado Palestiniano independente, com Jerusalém Oriental como capital, com base na solução de dois Estados "para viver em segurança e paz ao lado de Israel" e "como a única forma de alcançar a paz".
Já o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita sublinhou "a necessidade de respeitar o acordo e pôr fim à agressão israelita contra Gaza, bem como a retirada completa das forças de ocupação israelitas da Faixa e de todos os outros territórios palestinianos e árabes, e o regresso das pessoas deslocadas para as suas regiões".
A Arábia Saudita espera que este acordo "ponha definitivamente fim a esta brutal guerra israelita que já custou a vida a mais de 45 mil mártires e deixou mais de 100 mil feridos".
O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, apelou também hoje para que seja acelerada a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza para "lidar com a situação catastrófica" no enclave palestiniano, depois do acordo para um cessar-fogo.
Também a Turquia mostrou satisfação pelo cessar-fogo na Faixa de Gaza hoje alcançado e o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, destacou que "a ajuda humanitária deve começar imediatamente" e que "o importante é que agora dois milhões de pessoas possam regressar a casa", acrescentou, referindo-se aos palestinianos deslocados devido aos combates na Faixa de Gaza.
Fidan lamentou as "atividades diplomáticas que deram mais tempo a Israel", prolongando a guerra em que, segundo ele, "já morreram 50.000 pessoas, a maioria civis".
O primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, confirmou hoje um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, após 15 meses de conflito, avançando que a trégua deverá entrar em vigor no domingo.
O líder do Qatar referiu que o acordo alcançado abre o caminho para dezenas de reféns israelitas regressarem a casa, confirmando a libertação de 33 reféns israelitas durante a primeira fase da trégua na Faixa de Gaza, cenário de uma guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas desde 07 de outubro de 2023.
O governante especificou que a primeira fase da trégua tem uma duração prevista de 42 dias.
O conflito em curso em Gaza foi desencadeado por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou quase 47 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
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