Estas medidas foram anunciadas para coincidir com a cimeira do G7, que arranca hoje em Itália, e surgem na sequência de anúncios dos EUA que visam igualmente o centro financeiro de Moscovo.
"Estamos mais uma vez a aumentar a pressão económica com sanções destinadas a limitar a capacidade da Rússia de financiar a sua máquina de guerra", afirmou o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, citado num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O Presidente, Vladimir "Putin, tem de perder e é absolutamente vital cortar a sua capacidade de financiar um conflito prolongado", acrescentou.
Na mira de Londres estão quatro navios suspeitos de fazerem parte da "frota fantasma" de petroleiros, de propriedade por vezes pouco clara ou sem seguro, que permitem à Rússia continuar a exportar o petróleo em grande escala, assim como dois navios acusados de transportar armas para Moscovo.
Já no setor financeiro, foram sancionadas várias empresas, incluindo a Bolsa de Valores de Moscovo, a Bolsa de Valores de São Petersburgo e empresas que facilitam as trocas financeiras.
O Reino Unido tem também como alvo uma série de empresas do setor do gás natural liquefeito e da produção de munições, maquinaria e componentes eletrónicos para o exército russo.
Na quarta-feira, Londres, um dos principais apoiantes da Ucrânia, tinha já anunciado uma nova ajuda bilateral de 242 milhões de libras (286,5 milhões de euros) a Kiev.
O anúncio foi feito na véspera da cimeira do G7 (que reúne as sete democracias mais ricas do mundo - Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, mais a União Europeia), que decorre entre hoje e sábado em Apúlia, no sul de Itália, e na qual participa o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Nesse mesmo dia, os Estados Unidos divulgaram novas sanções para travar o esforço de guerra da Rússia na Ucrânia e pressionar as instituições financeiras que lidam com a economia russa.
"As medidas anunciadas hoje visam os restantes canais de abastecimento através dos quais [a Rússia] adquire materiais e equipamentos a nível internacional, incluindo a sua dependência de fornecimentos críticos de países terceiros", afirmou a secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen.
Ao anunciar as novas medidas sancionatórias, Yellen destacou como os EUA estão a "aumentar o risco para as instituições financeiras que lidam com a economia de guerra russa".
"Estamos a eliminar oportunidades de evasão e a diminuir a capacidade da Rússia de beneficiar do acesso a tecnologia, equipamento, 'software' e serviços informáticos estrangeiros", acrescentou a responsável, citada num comunicado.
As medidas do Departamento do Tesouro e do Departamento de Estado norte-americanos dizem respeito a mais de 300 entidades localizadas na Rússia e em países como a China, a Turquia e os Emirados Árabes Unidos.
A decisão de Washington inclui a bolsa de Moscovo e várias filiais, com o objetivo de dificultar transações no valor de vários milhares de milhões de dólares, bem como entidades envolvidas em três projetos de gás natural liquefeito.
Como resultado, a Bolsa de Valores de Moscovo suspendeu hoje as transações em euros e dólares: "Devido à introdução de medidas restritivas pelos Estados Unidos contra o Moscow Exchange Group, as transações em divisas e a liquidação de instrumentos em dólares e euros serão suspensas", anunciou o banco central da Rússia num comunicado emitido na quarta-feira à noite.
Paralelamente, o Departamento do Tesouro norte-americano está a alargar a sua definição do complexo "militar-industrial" russo, com os bancos estrangeiros a poderem ser sancionados pelo seu apoio à indústria de defesa russa.
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