"Temos mais problemas com as mulheres no poder do que com os homens no poder", afirmou Mette Frederiksen, 46 anos, num festival político na ilha oriental de Bornholm, que marcou o seu regresso às atividades públicas.
"Não tenho sido muito boa a falar de mim como mulher" na política, disse.
"Penso que algumas das críticas que Helle [Thorning-Schmidt, a primeira mulher a chefiar um governo na Dinamarca] e eu recebemos estão relacionadas com o nosso género", considerou Frederiksen.
Em 2019, aos 41 anos, tornou-se a mais jovem primeira-ministra do país escandinavo e manteve o cargo depois de o seu partido ter vencido as eleições gerais de 2022.
"Estive muito ocupada a cuidar de vós e do nosso país, que estava numa situação muito difícil, mas talvez não tenha sido tão boa a cuidar de mim própria", admitiu.
Na terça-feira, numa entrevista à televisão pública da RD, lamentou o endurecimento do tom das discussões políticas.
"Todos sabemos, independentemente do partido, que as fronteiras se deslocam dramaticamente, sobretudo desde o início da guerra no Médio Oriente", afirmou.
No dia 07 de junho, a chefe do Governo dinamarquês foi esmurrada enquanto caminhava no centro de Copenhaga.
O seu alegado agressor, um polaco de 39 anos, foi imediatamente detido e encontra-se desde então sob custódia. A polícia acredita que o ataque não teve motivações políticas.
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