O trânsito destes navios caiu 90% em meados de fevereiro devido à campanha do movimento político-religioso de maioria xiita do Iémen, que pegou em armas contra o transporte marítimo em solidariedade, segundo os seus líderes, com os palestinianos sob ataque dos israelitas na Faixa de Gaza.
Desde o início da campanha, os Huthis atingiram mais de uma dezena de embarcações comerciais e, inclusive, tentaram vários sequestros.
De acordo com um relatório dos serviços de informações da Defesa dos Estados Unidos da América (EUA), os interesses de mais de 65 países foram afetados e pelo menos 29 grandes empresas de transporte marítimo e de energia foram desviadas da região.
O relatório assinala que "as rotas alternativas em torno de África" que a maioria dos cargueiros foi obrigada a seguir representam "até mais duas semanas de viagem e quase um milhão de euros adicionais em combustível".
Apoiados pelo Irão, os rebeldes Huthis, que controlam as zonas mais populosas do Iémen, lançaram ataques contra Israel e navios aos quais atribuem algum tipo de relação com o país, em resultado da ofensiva contra a Faixa de Gaza após os ataques de 07 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em solo israelita.
Os insurgentes atacaram navios dos EUA e Reino Unido e outros ativos estratégicos em resposta aos bombardeamentos destes países contra o Iémen, numa intervenção que Washington e Londres fundamentam no seu desejo de garantir a segurança da navegação no mar Vermelho, no golfo de Aden e Oceano Índico.
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