Nos últimos meses, as forças russas têm vindo a ganhar terreno nas regiões fronteiriças de Donetsk e Kharkiv, graças à escassez de homens e munições na Ucrânia.
"O comando das tropas russas está atualmente a fazer tudo o que é possível para aumentar e prolongar a intensidade das hostilidades, a fim de maximizar a exaustão das nossas tropas", disse o chefe do exército ucraniano, Oleksandre Syrsky.
Numa declaração citada pela agência francesa AFP, Syrsky disse que Moscovo está consciente de que "o tempo jogará a favor" de Kyiv com a chegada de uma "grande quantidade" de armamento dos aliados, incluindo aviões F-16.
Segundo Syrsky, as forças russas estavam a concentrar esforços nas proximidades de Kupiansk, Pokorvsk, Kurakhove e Vremivka, localizadas na frente oriental, enquanto "combates ferozes" continuavam a leste e a sul.
As autoridades da região meridional de Kherson, parcialmente ocupada por Moscovo, anunciaram hoje que um homem de 50 anos foi morto por um "explosivo lançado por um 'drone'".
Há vários meses que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pede constantemente aos parceiros ocidentais sistemas de proteção aérea, mas estes tardam em chegar.
Numa entrevista à AFP, em maio, disse também que a Ucrânia precisava de 120 a 130 caças F-16 ou outros aviões modernos para que a Rússia não tivesse superioridade aérea.
Desde que foi invadida pela Rússia em fevereiro de 2022, a Ucrânia tem recebido ajuda financeira e militar dos aliados ocidentais, mas também tem criticado hesitações e atrasos nas entregas de armas.
Os parceiros de Kyiv também têm decretado sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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