Esta antiga república soviética, que apoia fortemente a Ucrânia, adiantou que vai investir 300 milhões de euros adicionais ao longo de cinco anos para fortalecer a sua fronteira, inclusive com obstáculos antitanques.
O anúncio foi feito enquanto o Presidente da Letónia, Edgars Rinkevics, se encontrava na fronteira para inspecionar a cerca de arame farpado que está a ser erguida, que irá complementar as barreiras erguidas desde 2014 por este país báltico membro da Aliança Atlântico.
"O governo atribuiu 300 milhões de euros adicionais que serão utilizados nos próximos cinco anos para fortalecer a fronteira, inclusive com medidas para prevenir a mobilidade inimiga no nosso território", destacou o Ministério da Defesa, em comunicado.
Rinkevics sublinhou que entre as medidas a adotar estarão obstáculos antitanque conhecidos como 'ouriços checos' e 'dentes de dragão'.
"A nossa política é clara: nem um único centímetro do território letão ficará sem defesa", sublinhou, em declarações aos jornalistas.
O chefe da guarda de fronteira da Letónia, o general Guntis Pujats, também recordou as novas medidas tomadas em resposta à invasão da Ucrânia por Moscovo.
Desde fevereiro de 2022, "todos os guardas de fronteira estão equipados com rifles de assalto, além de suas armas curtas", apontou à agência France-Presse (AFP).
"Eles estão equipados com coletes à prova de balas e capacetes semelhantes aos dos soldados, para estarem prontos para enfrentar possíveis provocações da Rússia e da Bielorrússia", frisou ainda Pujats.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Ucrânia tem garantido uma substancial ajuda financeira e armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais e que teriam sido ultrapassadas.
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