Durante uma conferência de imprensa em La Paz, Dorgathen disse que "a partir de outubro, a Bolívia pode transportar três milhões de metros cúbicos por dia (mmc/d) de gás argentino para o mercado brasileiro".
O gestor da YPFB Transporte, Oscar Guzmán, adiantou na ocasião que o país pode assegurar "uma solução imediata, eficiente e concorrencial para poder transportar esse gás".
O presidente da YPFB esclareceu que a oferta de arrendar as instalações à Argentina para exportação para o Brasil ainda não tinha sido aceite.
Acrescentou também que a Bolívia tem a capacidade de enviar, em primeira instância, três mmc/d e aumentar paulatinamente para os 20 mmc/d, sempre e quando o interesse dos Estados vizinhos aumentar.
Nas últimas duas décadas, o gás natural foi o produto estrela da exportação de Bolívia e o sustento do seu crescimento económico, com Brasil e Argentina como principais mercados, mas nos últimos anos registou-se uma baixa da produção e das receitas.
Informação oficial boliviana, datada de dezembro último, quantifica a produção de gás natural em 56,6 mmc/d em 2016, que originou uma renda de 1.633,99 milhões de euros, e de 31,9 mmc/d em 2023, que permitiram o encaixe de 1.906,79 milhões de euros.
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