Na agenda da reunião, que decorre no Luxemburgo, lê-se que "o Eurogrupo procederá a uma troca de pontos de vista sobre o papel internacional do euro, com base na análise anual do BCE".
"O FMI apresentará a sua análise das políticas da área do euro, devendo seguir-se-lhe uma declaração e, além disso, os ministros continuarão a debater a competitividade da zona euro, centrando-se na política industrial", é também referido.
Portugal estará representado pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, enquanto pelo FMI estará a diretora-geral, Kristalina Georgieva, que foi recentemente reconduzida no cargo.
Kristalina Georgieva deverá transmitir uma "imagem prudentemente otimista" das perspetivas da zona euro, segundo fontes europeias, numa altura em que o FMI -- assim como a Comissão Europeia -- estima um crescimento modesto do PIB em 2024, projetando ainda que a inflação continue a diminuir e que o mercado de trabalho na área da moeda única permaneça robusto.
O debate surge um dia depois de, no âmbito do pacote de primavera do Semestre Europeu (quadro anual europeu de coordenação das políticas orçamentais), a Comissão Europeia ter anunciado que, após 10 anos, Portugal deixou de registar desequilíbrios macroeconómicos devido à "redução das vulnerabilidades relacionadas com a elevada dívida privada, pública e externa, que deverá continuar a diminuir".
Também na quarta-feira, a Comissão Europeia iniciou novos casos de défice excessivo, após mais de quatro anos de suspensão das regras orçamentais devido à pandemia de covid-19 e à guerra na Ucrânia, estando em causa novos procedimentos contra sete países da União Europeia (UE), como a Bélgica, França, Itália, Hungria, Malta, Polónia e Eslováquia, que devem avançar em julho.
Na sexta-feira, os ministros das Finanças vão, na reunião do Ecofin, discutir o papel do Banco Europeu de Investimento (BEI) e o seu financiamento a projetos e bens de uso duplo da defesa.
Isto depois de, em maio, o Conselho de Administração do BEI, o banco da União Europeia, ter aprovado uma mudança de políticas no financiamento de bens e de infraestruturas na área da segurança e defesa e de um aval anterior dos ministros das Finanças da União.
Isto permitirá ao banco da UE renunciar ao requisito anterior de só poder apoiar projetos de dupla utilização para passar a apoiar mais iniciativas de defesa.
Ainda na sexta-feira, será discutida a situação económica e orçamental da Ucrânia, uma semana após o G7 ter anunciado um novo empréstimo de 50 mil milhões de dólares (cerca de 47 mil milhões de euros).
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