Entre os detidos encontram-se os presidentes dos partidos e movimentos políticos que assinaram uma declaração publicada em 31 de março, apelando à junta para que o poder fosse devolvido aos civis, referiu a coligação em comunicado.
Após a sua detenção, na quinta-feira à noite, foram "interrogados sobre uma reunião clandestina, numa altura em que os partidos políticos são proibidos de exercer a sua atividade" no Mali pelos militares, disse uma fonte da Brigada de Investigação Judiciária (BIJ).
Os detidos estão detidos na BIJ em Bamaco e deverão ser hoje apresentados ao Procurador-Geral, informou uma fonte judicial.
Foram detidos durante uma "reunião privada" no domicílio de um dirigente da coligação, disse a fonte.
A coligação condena esta "enésima violação das liberdades fundamentais e condena com toda a veemência estas detenções arbitrárias" e exige "a sua libertação imediata".
Os signatários da declaração de 31 de março tinham denunciado o "vazio jurídico e institucional" deixado após o termo do prazo fixado para a saída dos militares e tinham apelado à realização de eleições presidenciais "o mais rapidamente possível".
A junta liderada pelo coronel Assimi Goïta tinha decretado, em junho de 2022, que os militares entregariam o poder aos civis no final de março de 2024, após uma eleição presidencial prevista para fevereiro do mesmo ano.
Desde então, os militares anunciaram o adiamento das eleições presidenciais para uma data ainda desconhecida.
Em 2024, os coronéis que derrubaram o Presidente, Ibrahim Boubacar Keïta, em 2020, ordenaram a suspensão "até nova ordem" das atividades dos partidos e associações políticas, que consideravam culpados de "subversão".
Desde a sua tomada do poder, consolidada por um segundo golpe de Estado em maio de 2021, a junta multiplicou os atos de desorganização e virou-se militar e politicamente para a Rússia.
Confrontado com o terrorismo, o Mali está mergulhado numa grave crise desde 2012.
Leia Também: Cão polícia morre ao perseguir suspeito nos EUA. É o segundo num mês