Um tribunal federal rejeitou na quinta-feira o pedido de Bannon para o adiamento do início da peça, o que antecipava a possibilidade de o ideólogo populista recorrer à mais alta instância judicial nos Estados Unidos.
No pedido, o advogado Trent McCotter insta o Supremo Tribunal a emitir uma suspensão administrativa da data de entrada na prisão, para que tenha tempo suficiente para considerar o recurso.
Em 06 de junho, um juiz federal em Washington determinou a sua entrada na prisão em 01 de julho.
Bannon foi condenado em outubro de 2022 a quatro meses de prisão por se ter recusado a comparecer perante a comissão que investigava o ataque de 06 de janeiro de 2021 ao Capitólio, ocorrido enquanto o Congresso certificava a vitória de Joe Biden sobre Trump nas eleições presidenciais de 2020.
O ideólogo de Trump é um dos dois membros do círculo íntimo de Trump que enfrenta processos judiciais por não participar na investigação do Congresso.
O segundo, o ex-assessor do ex-presidente na Casa Branca Peter Navarro, entrou na prisão em março passado para cumprir mais uma pena de quatro meses.
A comissão queria que Bannon testemunhasse porque acreditava que tinha algum conhecimento prévio sobre o que iria acontecer em 06 de janeiro de 2021, quando milhares de apoiantes de Trump invadiram o Congresso para tentar impedir a certificação da vitória eleitoral de Biden. Da insurreição resultaram cinco mortes e quase 140 policiais feridos.
Bannon, que denunciou todo o processo como uma perseguição para o silenciar nas vésperas das eleições de novembro próximo - nas quais Trump e Biden se voltarão a encontrar, quatro anos depois -- deverá passar a sua pena de quatro meses numa prisão de baixa segurança em Danbury, Connecticut.
Afastado dos olhos do público após o fim da administração Trump, Bannon é mais conhecido pelo seu podcast "The War Room" ('Sala de Guerra'), que descreveu mais como um "centro de comando militar para a guerra de informação" e dedicou os seus esforços a impulsionar campanhas eleitorais mais locais, como a do republicano ultraconservador Bob Good para o estado da Virgínia.
Os seus advogados invocaram mesmo o "trabalho significativo de Bannon como conselheiro da atual campanha eleitoral" para evitar que o seu cliente fosse preso, enquanto a acusação respondeu que o seu papel no discurso político "simplesmente não é um fator relevante".
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