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Guterres condena ataques contra locais religiosos no Daguestão

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou hoje os ataques terroristas de domingo contra locais religiosos e membros das forças de segurança no Daguestão, no Cáucaso russo, que fizeram 20 mortos.

Guterres condena ataques contra locais religiosos no Daguestão
Notícias ao Minuto

16:30 - 24/06/24 por Lusa

Mundo António Guterres

"O secretário-geral condena nos termos mais fortes os ataques terroristas de domingo contra locais religiosos judeus e cristãos e membros das forças de segurança na República do Daguestão da Federação Russa, nos quais pelo menos 20 pessoas foram reportadas como mortas e dezenas de outras feridas", indicou o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, em comunicado.

Guterres transmitiu ainda as suas condolências às famílias das vítimas, ao povo e ao Governo da Federação Russa e desejou aos feridos uma rápida recuperação.

Os atentados armados de domingo contra igrejas ortodoxas e pelo menos uma sinagoga no Daguestão, no Cáucaso russo, fizeram 20 mortos e 46 feridos, segundo um novo balanço divulgado hoje pelas autoridades locais.

O anterior balanço dava conta de 19 mortos e 25 feridos.

"O ataque terrorista de ontem [domingo] na República de Makhachkala e Derbent deixou 46 pessoas feridas, incluindo civis e membros das forças de segurança. Infelizmente, 20 pessoas foram mortas", declarou o Ministério da Saúde desta região predominantemente muçulmana.

O Comité Antiterrorista da Rússia (NAK, na sigla em russo) disse hoje ter terminado a operação para pôr fim aos ataques armados.

"Devido à neutralização das ameaças à vida e à saúde dos cidadãos, foi decidido pôr fim à operação antiterrorista" no Daguestão a partir das 06:15 (hora de Lisboa), disse o NAK, citado por agências de notícias russas.

Também hoje, depois dos atentados, a Presidência russa descartou o regresso de uma "insurreição islamita" à República do Daguestão, afirmando que a população está "consolidada face ao terrorismo".

"A Rússia mudou, a sociedade consolidou-se e essas manifestações terroristas não são apoiadas pela sociedade, nem na Rússia nem no Daguestão", afirmou Dmitri Peskov, porta-voz do Presidente russo, Vladimir Putin, quando questionado pelos jornalistas sobre se o Kremlin (presidência) temia o regresso de uma "insurreição islamista" no país.

A questão colocada durante a habitual conferência de imprensa do porta-voz presidencial referia-se aos acontecimentos ocorridos na década de 2000, na sequência da segunda guerra da Chechénia.

Apesar das declarações do porta-voz do Kremlin, Putin ainda não se pronunciou diretamente sobre aos ataques atribuídos a terroristas no Daguestão.

No novo balanço, o governador da república russa de maioria muçulmana do Cáucaso, Sergei Melikov, destacou que entre as vítimas mortais estão agentes das forças de segurança e vários civis, entre os quais um padre ortodoxo.

Melikov disse que homens armados abriram fogo no domingo contra duas igrejas ortodoxas, uma sinagoga e uma esquadra da polícia em duas cidades da região do sul da Rússia, tendo decretado três dias de luto.

Também informou que seis militantes armados foram mortos.

Horas antes, a polícia russa anunciava ter abatido quatro alegados terroristas na cidade de Makhachkala, três dos quais foram identificados como filhos e sobrinho do chefe do principal distrito da zona, Sergokali, que também foi detido.

Entretanto, na cidade de Derbent, 110 quilómetros a sul de Makhachkala, onde uma igreja e uma sinagoga também foram atacadas, continuavam os confrontos entre autoridades russas e alegados terroristas.

O chefe da polícia da cidade de Ogni, que se deslocou para apoiar colegas na vizinha Derbent, foi atingido mortalmente, disse o Ministério do Interior da Rússia.

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