Autoridades detêm homens que queriam fugir à mobilização na Ucrânia

As autoridades ucranianas detiveram cerca de 100 homens na região de Odessa (sul) que pretendiam escapar à mobilização para combater a Rússia atravessando a fronteira, anunciou hoje o Gabinete de Investigação Estatal.

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Lusa
25/06/2024 12:50 ‧ 25/06/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Odessa faz fronteira com a Moldova e, mais a sul, com a Roménia.

O gabinete de investigação disse que os agentes "desmascararam na região de Odessa um grupo que organizava um esquema em grande escala de contrabando ilegal de seres humanos através da fronteira".

A operação foi organizada por um residente da região de Odessa em maio, segundo as informações citadas pela agência espanhola EFE.

Através das redes sociais, o suspeito procurava homens em idade de ingressar no exército que quisessem sair ilegalmente da Ucrânia a troco de um pagamento.

Os contrabandistas cobravam entre 5.000 e 18.500 dólares (cerca de 4.600 e 17.250 euros, ao câmbio atual) por pessoa, consoante a capacidade económica do cliente.

Em 21 de junho, os serviços de segurança documentaram uma tentativa de saída ilegal de cerca de 100 pessoas através da fronteira.

Intercetaram quatro miniautocarros com 47 pessoas e as restantes mais de 50 não tiveram tempo de chegar ao ponto de encontro.

As autoridades detiveram os membros do grupo e notificaram os que pretendiam fugir à mobilização militar.

Participaram também na operação elementos do Serviço de Segurança da Ucrânia e o Serviço Estatal de Fronteiras.

A Ucrânia está em guerra com a Rússia desde que o Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a invasão do país em fevereiro de 2022.

Kyiv baixou recentemente a idade de recrutamento de 27 para 25 anos e adotou uma nova lei de mobilização em maio, na sequência de uma ofensiva da Rússia contra a segunda maior cidade do país, Kharkiv (nordeste).

As alterações visam fazer face à necessidade de aumentar o número de tropas na linha da frente, num contexto de diminuição de efetivos e de esgotamento de armas e munições.

Leia Também: Ucrânia e Moldova? "25 de junho vai marcar história das adesões da UE"

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