Dez membros do coletivo foram detidos na segunda-feira, depois de uma primeira detenção a 20 de junho, quando participavam numa reunião em casa de um dos seus membros, em Bamaco.
Os militares que tomaram pela força o controlo do país em 2020, um país confrontado com o terrorismo e uma profunda crise, suspenderam as atividades dos partidos em abril, num novo ato de repressão contra qualquer forma de oposição.
As dez pessoas detidas foram acusadas de "conspiração contra as autoridades legais" e de reunião ilegal, informaram os seus advogados.
Os partidos e movimentos signatários de uma declaração publicada em 31 de março, apelando ao regresso do regime civil, "denunciam esta enésima agressão das autoridades atuais às liberdades fundamentais", pode ler-se num comunicado.
Por outro lado, exigem "que as autoridades atuais arquivem pura e simplesmente os processos contra os camaradas injustamente detidos e presos". O coletivo é composto pelos principais partidos do Mali.
Em comunicado, a HRW condenou um "novo ataque das autoridades à oposição".
"Desde o golpe militar (em 2020), a junta do Mali intensificou a repressão da dissidência pacífica, da oposição política, da sociedade civil e dos meios de comunicação social", acrescentou.
"As autoridades dissolveram organizações políticas e da sociedade civil, fizeram desaparecer à força um denunciante e prenderam jornalistas", detalhou. A HRW apelou ainda à libertação imediata de "todas as pessoas detidas injustamente".
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