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"Inaceitavelmente elevado". Álcool mata 2,6 milhões de pessoas por ano

O álcool mata 2,6 milhões de pessoas por ano, alertou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS), considerando que este número permanece "inaceitavelmente elevado", apesar da descida ligeira que tem registado nos últimos anos.

"Inaceitavelmente elevado". Álcool mata 2,6 milhões de pessoas por ano
Notícias ao Minuto

16:39 - 25/06/24 por Lusa

Mundo OMS

O último relatório da agência das Nações Unidas sobre álcool e saúde destaca que quase uma em cada 20 mortes são causadas pelo álcool todos os anos em todo o mundo, incluindo acidentes rodoviários, violência, abuso e várias doenças e distúrbios relacionados.

Segundo o relatório, 2,6 milhões de mortes foram atribuídas ao álcool em 2019 -- as últimas estatísticas disponíveis -- ou 4,7% das mortes em todo o mundo naquele ano, representando os homens três quartos dessas mortes.

"O consumo de substâncias prejudica gravemente a saúde individual, aumenta o risco de doenças crónicas e mentais e resulta tragicamente em milhões de mortes evitáveis todos os anos", lamentou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em comunicado divulgado.

Uma "certa redução no consumo de álcool e doenças relacionadas desde 2010 em todo o mundo" é também destacada no relatório, assim como "os problemas sociais e de saúde devido ao abuso do álcool continuam a ser inaceitavelmente elevados", sendo os jovens desproporcionalmente afetados.

A maior proporção de mortes atribuíveis ao álcool em 2019, segundo o relatório, ocorre na faixa etária de 20 a 39 anos, com 13% das mortes.

Em média, foram consumidas 27 gramas de álcool por dia em 2019, segundo o relatório, equivalentes a duas taças de vinho, duas cervejas ou duas doses de bebidas destiladas.

"Este nível e frequência de consumo estão associados a maiores riscos de contrair muitas doenças, bem como à mortalidade e incapacidades" que as acompanham, alerta a OMS no documento.

Face aos dados, a OMS alerta para a necessidade urgente de melhorar o acesso a tratamentos de qualidade para perturbações por uso de substâncias, lembrando que em 2019 a proporção de pessoas em contacto com serviços antidroga variou entre menos de 1% e um máximo de 35%, dependendo do país estudado.

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