Numa mensagem publicada na sua conta da rede social X (antigo Twitter), o chefe de Estado ucraniano saudou a decisão dos Estados-membros da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) de elegerem Rutte como novo secretário-geral da aliança.
"Parabéns a Mark Rutte pela decisão dos aliados de o nomearem como próximo secretário-geral da NATO", escreveu Zelensky, antes de assegurar que o seu país continuará empenhado em defender a causa da liberdade quando o neerlandês substituir o norueguês Jens Stoltenberg à frente da Aliança Atlântica.
"Quando o senhor Mark Rutte assumir o cargo, em outubro, esperamos que o nosso trabalho conjunto para garantir a proteção das pessoas e da liberdade em toda a nossa comunidade euro-atlântica continue a bom ritmo", declarou Zelensky, acrescentando ver no neerlandês um homem "firme e de princípios, que demonstrou a sua firmeza e visão para o futuro em numerosas ocasiões ao longo dos últimos anos".
Na sua mensagem, o chefe de Estado ucraniano agradeceu, por fim, a Stoltenberg pelo seu trabalho à frente da NATO, organização cujos Estados-membros têm sido decisivos na ajuda fornecida à Ucrânia para combater a invasão russa, em curso desde fevereiro de 2022.
Destacou, assim o "notável contributo para o fortalecimento da NATO" do ex-primeiro-ministro norueguês nos últimos dez anos e, em especial, "o inquebrantável apoio à luta da Ucrânia pela liberdade".
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
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