O presidente da Bolívia, Luis Arce, denunciou esta quarta-feira "mobilizações irregulares" de algumas forças militares concentradas na capital La Paz e disse que "a democracia deve ser respeitada". Também o vice-presidente do país, David Choquehuanca, denunciou "a tentativa de golpe de Estado contra o Governo democraticamente eleito".
Juan José Zúñiga, ameaçou "tomar" a sede do poder executivo, após ter ordenado uma mobilização militar nas ruas do país, com armas e carros de combate. "Os três chefes das forças armadas vieram expressar a consternação. Haverá um novo gabinete de ministros, certamente as coisas vão mudar, mas o nosso país não pode continuar assim", afirmou a uma estação de televisão local, citado pela Reuters.
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Note-se que o general Juan José Zuñiga terá sido destituído do cargo na terça-feira, na sequência das suas declarações sobre a possível recandidatura de Evo Morales, em 2025. O militar destacou, em entrevista ao programa televisivo 'No Mentirás', que Morales não está qualificado para concorrer à presidência e alertou que, para fazer cumprir a Constituição, as Forças Armadas podem detê-lo.
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