O general Juan José Zúñiga deixou, esta quarta-feira, a Praça Murillo, em La Paz, na Bolívia, após ter liderado uma tentativa de golpe de Estado no país. Também os soldados sob suas ordens desmobilizaram do local.
Zúñiga abandonou o local no seu tanque, acompanhado dos restantes soldados, que seguiram noutros veículos militares blindados, conta a edição boliviana do La Razón.
A desmobilização, que termina com a tentativa de golpe de Estado, aconteceu após o presidente ter empossado o general José Sánchez Velásquez como comandante do Exército, Gerardo Zabala Álvarez como comandante da Força Aérea e Renán Guardia Ramírez como comandante da Marinha.
Após ter sido nomeado, o novo chefe do Exército ordenou a todas as forças militares que se desmobilizassem e regressassem aos seus batalhões. "Ordeno a todos os que estão mobilizados que regressem às suas unidades. Ninguém quer as imagens que estamos a ver nas ruas", afirmou, num vídeo divulgado nas redes sociais.
Zúñiga liderou a tomada militar da Plaza Murillo, com o objetivo de entrar no palácio presidencial em La Paz, o que tentou fazer, mas foi abordado pelo presidente boliviano, Luis Arce, que o mandou recuar. Depois disso, o soldado entrou no seu veículo blindado.
Permaneceu no local até o Presidente empossar o novo alto comando militar. Anteriormente, ele havia anunciado um novo gabinete de ministro e até mesmo que os "presos políticos" mantidos nas prisões devido à crise de 2019 seriam libertados.
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