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Embaixada dos EUA no Líbano aconselha cidadãos a evitar país

Embaixada alerta para eventuais "surtos repentinos de violência e conflitos armados".

Embaixada dos EUA no Líbano aconselha cidadãos a evitar país
Notícias ao Minuto

14:29 - 27/06/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Líbano

A embaixada dos Estados Unidos no Líbano alertou os seus cidadãos para evitarem o país, principalmente a zona sul.

"Relembramos aos cidadãos dos EUA que reconsiderem fortemente viajar para o Líbano. O ambiente de segurança continua complexo e pode mudar rapidamente", lê-se num comunicado publicado no website da embaixada.

Nessa mesma nota informativa, é chamada a atenção dos cidadãos norte-americanos para o facto de que "o governo libanês não pode garantir a proteção dos cidadãos dos EUA contra surtos repentinos de violência e conflitos armados".

"Cidadãos norte-americanos no Líbano não devem viajar para o sul do Líbano, para a área da fronteira entre o Líbano e a Síria ou para campos de refugiados", conclui a nota.

Nela, a embaixada dos EUA deixa várias sugestões, nomeadamente que os cidadãos "garantam" que têm "documentos válidos para viajar" e que "sigam de perto as notícias locais e internacionais".

"Estejam atentos ao vosso redor" e "evitem todas as manifestações e grandes aglomerações", lê-se também no comunicado, onde se apela a que os cidadãos norte-americanos se inscrevam num programa especial de viajantes e leiam os guias de conselhos para viajar para o Líbano.

O Exército de Israel e o movimento político-militar xiita Hezbollah -- que possui uma importante implantação no Líbano e apoiado pelo Irão -- estão envolvidos em confrontos desde 08 de outubro, um dia após os ataques do movimento islamita Hamas e de outras fações palestinianas em território israelita junto à Faixa de Gaza que provocaram cerca de 1130 mortos e 240 reféns.

As tensões agravaram-se nas últimas semanas e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, advertiu recentemente que o Exército israelita "está preparado para uma ação muito poderosa" na fronteira com o Líbano, enquanto o próprio Exército assegura possuir um "plano preparado".

Em resposta, o número dois do Hezbollah, Naim Qassem, assegurou que uma expansão do conflito implicaria "devastação e destruição" em Israel.

O fogo cruzado e os ataques aéreos israelitas intensificaram-se nas últimas semanas, suscitando receios de uma guerra aberta entre as duas partes.

Diversos analistas consideram que este cenário de conflito aberto poderá ocorrer durante o corrente verão.

O Governo de Israel tem aumentado o tom nas últimas semanas contra o poderoso movimento apoiado pelo Irão, e o Exército israelita anunciou recentemente a aprovação de planos operacionais para uma ofensiva em território libanês.

O Hezbollah afirma que já efetuou mais de 2.100 operações militares contra Israel desde 08 de outubro, e na semana passada intensificou os seus ataques contra alvos militares no norte do país após a morte de um dos seus principais comandantes num ataque aéreo israelita.

Mais de oito meses de violência provocaram pelo menos 473 mortos no Líbano, na maioria combatentes do movimento xiita libanês, e 92 civis para além de dezenas de milhares de deslocados, segundo a agência noticiosa AFP.

De acordo com Israel, foram mortos no mesmo período 15 soldados e 11 civis israelitas.

[Notícia atualizada às 14h32]

Leia Também: Ministro da Defesa de Israel ameaça enviar Líbano "para a idade da pedra"

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