Supremo Tribunal dos EUA autoriza abortos de emergência no Idaho

O Supremo Tribunal abriu caminho para que os médicos do Idaho possam fazer abortos de emergência, trazendo de volta a questão constitucional que muitos pensavam estar resolvida até à anulação de 'Roe v. Wade' em 2022.

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Notícias ao Minuto
27/06/2024 16:20 ‧ 27/06/2024 por Notícias ao Minuto

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O Supremo Tribunal dos EUA decidiu que os abortos de emergência no Estado de Idaho podem ser efetuados quando a saúde de uma paciente estiver em sério risco.

Assim, os hospitais do Estado do noroeste poderão efetuar abortos de emergência para proteger a saúde das pacientes.

Isto acontece dois anos após o marco histórico da revogação do processo 'Roe v. Wade', que concedeu o direito federal ao aborto. O Estado de Idaho encontrava-se entre os 14 estados que proibiram o aborto em todas as fases da gravidez, com exceções incrivelmente limitadas.

Os juízes norte-americanos consideraram que o tribunal se envolveu preventivamente no caso e, por uma maioria de 6-3, restabeleceram a decisão do tribunal.

O parecer significa que o caso de Idaho continuará a ser julgado em tribunais inferiores e poderá acabar por ser novamente apresentado ao Supremo Tribunal.

Assim, os mesmos juízes que votaram a favor da anulação do direito constitucional ao aborto poderão, em breve, voltar a analisar a questão - o que significa que o caso ainda está longe de estar resolvido.

Desde que, em junho de 2022, o Supremo Tribunal norte-americano, de maioria conservadora, eliminou a proteção federal ao aborto, ao revogar Roe v. Wade, dezenas de Estados - entre os quais o Idaho -- têm elaborado e aplicado leis restritivas do aborto.

No mesmo ano, o Governo do atual Presidente, Joe Biden, processou o Idaho - onde o aborto é proibido em todas as fases da gravidez -, argumentando que as restrições a esse procedimento de interrupção voluntária da gravidez são reguladas em parte pela lei federal e não podem ser aplicadas quando está em causa o salvamento da vida de mulheres grávidas.

Para defender essa posição, foi invocada a Lei do Tratamento Médico de Trabalho de Urgência (ENTALA, na sigla em inglês), uma lei com 40 anos que obriga os hospitais que recebem verbas federais a prestar cuidados médicos de emergência a qualquer pessoa, também em matéria de saúde reprodutiva.

Leia Também: Supremo dos EUA divulga por engano parecer sobre abortos de emergência

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