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Donald Trump insiste que pode resolver guerra na Ucrânia

O ex-presidente norte-americano Donald Trump prometeu "resolver" a guerra da Rússia na Ucrânia antes mesmo de assumir o cargo, com Joe Biden, o atual chefe de Estado, a alertar que o homólogo russo, Vladimir Putin, não ficará por Kyiv.

Donald Trump insiste que pode resolver guerra na Ucrânia
Notícias ao Minuto

06:49 - 28/06/24 por Lusa

Mundo Estados Unidos

No primeiro debate presidencial de 2024, Trump atacou Biden por dar à Ucrânia centenas de milhares de milhões de dólares e insistiu que seria capaz de acabar com a guerra da Rússia, apesar de não explicar como o faria.

O magnata republicano afirmou ainda que Putin o respeita, apesar de admitir que os termos que o Presidente russo apresentou para acabar com a guerra da Rússia na Ucrânia "não são aceitáveis".

Putin disse que a Rússia só acabaria a sua guerra na Ucrânia se Kyiv entregasse a totalidade das quatro regiões ocupadas por Moscovo e abandonasse a sua tentativa de ingressar na NATO. 

"Esta é uma guerra que nunca deveria ter começado. Se tivéssemos um líder nesta guerra... Ele (Biden) deu 200 mil milhões de dólares ou mais agora à Ucrânia, deu 200 mil milhões de dólares. É muito dinheiro. Acho que nunca houve algo parecido", disse Trump.

No entanto, Joe Biden alertou que Putin não se limitará à Ucrânia.

"O facto é que Putin é um criminoso de guerra", afirmou o democrata.

"Ele (Putin) quer toda a Ucrânia. É isso que ele quer. E então você acha que ele vai parar por aí? Você acha que ele vai parar quando, se ele tomar a Ucrânia? O que você acha que acontecerá com a Polónia, Bielorrússia? O que você acha que acontecerá com países da NATO?", questionou.

Ainda sobre política externa, Donald Trump não respondeu diretamente à pergunta sobre se apoiaria um Estado palestiniano independente para acabar com a guerra em Gaza entre Israel e o grupo islamita palestino Hamas.

“Você apoiaria a criação de um estado palestiniano independente para apoiar a paz na região?”, perguntou a moderadora da CNN, Dana Bash, a Trump, que respondeu: “Eu teria que ver”, antes de mudar de assunto.

Trump não é um defensor da causa palestiniana e quando esteve na Casa Branca (2017-2021) decidiu promover a normalização das relações entre Israel e os seus vizinhos árabes, deixando de lado a solução de dois Estados.

Sobre a guerra em Gaza, Biden lembrou que tem pressionado para que Israel e o Hamas fechem um acordo de cessar-fogo que permita a libertação dos reféns.

Donald Trump acusou então Joe Biden de ficar do lado dos palestinianos no brutal conflito de Gaza por supostamente se recusar a ajudar Israel a "terminar o trabalho" na guerra contra o Hamas.

O magnata republicano acusou o seu sucessor de tornar os Estados Unidos numa "nação de terceiro mundo" e de o país não ser mais "respeitado" devido às políticas do democrata.

Trump classificou ainda a retirada dos Estados Unidos do Afeganistão como o "dia mais embaraçoso" na história do país.

O ex-presidente disse que o plano de retirada que tinha preparado teria permitido a Washington sair do Afeganistão com “dignidade”.

“Eu estava a sair do Afeganistão, mas estávamos a sair com dignidade, com força, com poder”, argumentou.

Este primeiro debate presidencial de 2024 teve a duração de 90 minutos, com dois intervalos comerciais, e decorreu num estúdio do canal CNN em Atlanta, estado da Geórgia, com a moderação dos jornalistas Jake Tapper e Dana Bash.

O debate, que colocou frente-a-frente Biden e Trump pela primeira vez em quatro anos, aconteceu num momento em que as sondagens mostram uma disputa acirrada entre os dois candidatos e quando faltam menos de cinco meses para as eleições presidenciais.

Para evitar a repetição das cenas caóticas registadas em debates anteriores, foram ditadas regras incomuns, como um debate sem público, o silenciamento dos microfones quando o candidato rival estiver a falar ou a proibição dos candidatos trocarem ideias com a sua equipa durante os intervalos ou de levarem notas escritas para o palco.

Biden e Trump deverão voltar a enfrentar-se em 10 de setembro, num segundo debate organizado pela rede ABC News.

Leia Também: Biden hesitante face a Trump enérgico (e com afirmações falsas). O debate

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