O presidente Joe Biden foi aconselhado pela família em manter-se na corrida presidencial, depois de o primeiro debate contra Donald Trump ter sido considerado um "desastre" mesmo entre o Partido Democrata.
Segundo as publicações internacionais, o presidente dos Estados Unidos reuniu-se com a família em no retiro oficial de Camp David, no estado de Maryland.
O New York Times revela que Biden esteve acompanhado da mulher, filhos e netos, que apesar de terem reconhecido que a prestação não correu pelo melhor, este deveria manter-se na corrida e mostrar aos norte-americanos que do que ainda é capaz nos próximos quatro anos.
A mesma publicação dá conta de que Biden tem discutido com os responsáveis pela sua campanha se deverá dar entrevistas ou realizar uma conferência de imprensa, por forma a que a "narrativa" mude.
O New York Times refere ainda uma das pessoas que tem feito mais pressão para que Biden não desista. Outros membros da família também querem que Biden continue na Casa Branca e, escreve a publicação, "toda a família está unida" e têm-lhe dito que "é preciso continuar a lutar".
O Presidente norte-americano, Joe Biden, surgiu com problemas de voz, respostas incoerentes e lapsos verbais no primeiro debate com o rival republicano Donald Trump, que, mais enérgico, abusou de afirmações falsas sobre economia, imigração ilegal e outros temas.
Lusa | 06:46 - 28/06/2024
O debate aconteceu na quinta-feira à noite, e Biden pareceu hesitante perante um Trump mais enérgico. Na sexta-feira, jornais de referência começam a pedir que o atual presidente não continuasse. "O maior serviço público que Biden pode faze ré anunciar que não vai continuar na corrida para a reeleição", escreveu o New York Times na sexta-feira.
Também a publicação Wall Street Journal seguiu o mesmo caminho, apontando que Biden deve desistir ao invés de "tentar perceber como poderá salvar a candidatura".
Já o Wahsington Post foi mais 'cauteloso', referindo que se Biden se "arriscar" a perder deixa um "legado diferente" do que aquele que tem vindo a construir e pelo qual se destacou no combate à Covid-19 ou como apoiou a Ucrânia quando a guerra começou. Ainda assim, a publicação refere que a sua eventual saída "não garante uma vitória ao partido em novembro".
Com alguns conselheiros entre os democratas a consideraram que o debate foi um "suicídio político" e a pedirem aos responsáveis de campanha de Biden para "fazerem algo", a hipótese da saída foi colocada. Mas sem ser pelo próprio pé, a saída não é fácil - e aqui explicamos porquê.
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