Pelo menos 20 mortos em ataque a esquadra no Haiti

Pelo menos 20 pessoas morreram na sequência de um ataque a uma esquadra da polícia do Haiti por homens armados na cidade de Gressier, disseram as autoridades haitianas.

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© medialeglizla/ X (antigo Twitter)

Lusa
02/07/2024 08:20 ‧ 02/07/2024 por Lusa

Mundo

Haiti

O país é palco há vários meses de violências entre gangues, o que provocou uma grave crise humanitária e levou a comunidade internacional a enviar uma missão de segurança liderada pelo Quénia.

O número de mortos foi confirmado pelo presidente da Câmara de Gressier, Jean Vladimir Bertrand, que disse que a situação continua tensa, apesar de o ataque ter ocorrido no domingo, noticiou o jornal Gazette Haiti.

Esta espiral de violência provocou cerca de 600.000 deslocados internos no país, mais de metade dos quais são crianças, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

"As crianças do Haiti continuam a enfrentar múltiplos perigos, incluindo uma violência terrível e níveis críticos de deslocação", afirmou a diretora executiva do UNICEF, Catherine Russell.

O número de crianças deslocadas aumentou 60% desde março - ou seja, uma criança deslocada por minuto - sendo muitas delas forçadas a juntar-se a gangues.

"A catástrofe humanitária que se desenrola perante os nossos olhos está a ter um efeito devastador nas crianças. As crianças deslocadas precisam desesperadamente de um ambiente seguro e protetor, bem como de um maior apoio e financiamento por parte da comunidade internacional", acrescentou Russell.

O Haiti está sem presidente desde que um grupo de homens armados invadiu a sua residência oficial para o assassinar no início de julho de 2021.

Pouco tempo depois, Ariel Henry ascendeu ao cargo de primeiro-ministro no meio de críticas e após vários anos de instabilidade.

Em março deste ano, demitiu-se após uma onda de violência que abalou o país das Caraíbas.

Desde então, foi criado um Conselho Presidencial de Transição do Haiti, liderado pelo antigo presidente do Senado haitiano entre 1995 e 2000, Edgard Leblanc.

O Conselho elegeu o antigo primeiro-ministro Garry Conille (2011-2012) como novo chefe do governo de transição. O objetivo é preencher temporariamente o vazio político numa fase que deverá terminar com eleições em 2026, uma década após as últimas eleições.

Leia Também: Sobe para 32 o número de mortos nos ataques suicidas de sábado na Nigéria

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