"Durante a noite, aviões de combate, em cooperação com o Comando Sul (responsável pela ofensiva militar contra Gaza), atacaram objetivos terroristas na zona", disse o tenente-coronel Avichay Adraee, porta-voz do Exército de Israel.
Os ataques ocorreram poucas horas depois de o Exército de Israel ter emitido alertas para a evacuação dos bairros orientais de Khan Yunis onde milhares de pessoas se refugiaram após a entrada dos soldados de Israel em Rafha, no sul da Faixa de Gaza.
Esta ordem de retirada prevê uma eventual nova operação terrestre das Forças Armadas de Israel em Khan Yunis, cidade que já foi alvo de uma campanha que terminou no passado dia 7 de abril.
Hoje de manhã, o Exército anunciou através das redes sociais que as "zonas de retirada mais seguras" são as praias de Al Mawasi, sudoeste do enclave, acrescentando que a ordem "não afeta" os doentes do hospital local.
Israel designou Al Mawasi "zona segura" quando iniciou a operação terrestre contra Rafah, apesar das organizações humanitárias reiterarem que "não estão estabelecidas" condições para uma retirada de grande escada.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) estima que cerca de 100 mil pessoas têm de deslocar-se de Khan Yunis após a nova ordem de Israel.
Fontes palestinianas disseram no domingo à agência espanhola EFE no que nas zonas evacuadas (subúrbios de Khan Yunis, Al Qarara, Bani Suheila, os bairros de Abbasan e a cidade de Khuza'a) encontra-se um terço dos deslocados de Rafah, que se recusam a abandonar o local "por não terem para onde ir".
A operação coincide com um ataque do grupo armado palestiniano Jihad Islâmica que atingiu território israelita com 20 roquetes (foguetes de artilharia).
Tratou-se do maior ataque deste tipo ocorrido nos últimos meses contra território israelita.
"Estamos a aproximar-nos da fase final da eliminação do exército terrorista do Hamas", afirmou na segunda-feira o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu.
Na semana passada, o Exército preparou-se para implementar a "Fase C" da ofensiva contra Gaza.
Trata de "um plano de pós-guerra" no território palestiniano, no qual foram mortas 38 mil pessoas desde outubro do ano passado.
A guerra em Gaza começou após o ataque do Hamas contra Israel no dia 07 de outubro de 2023 em que morreram 1.200 pessoas.
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