O democrata, de 81 anos, "está apto" a cumprir as funções presidenciais, disse o governador do estado de Minnesota (centro-norte), Tim Walz, na quarta-feira.
A governadora do estado de Nova Iorque (nordeste), Kathy Hochul, garantiu que Joe Biden "estava na corrida para vencer", depois de um encontro com todos os líderes estaduais democratas.
Após a reunião, a governadora do estado de Michigan (nordeste), Gretchen Whitmer, disse na rede social X (antigo Twitter): "Joe Biden é o nosso candidato. Ele está cá para vencer e eu apoio-o".
Horas antes, Biden tinha dito que ninguém o vai empurrar para fora da corrida presidencial e está na corrida até ao fim, de acordo com fontes do partido democrata que estiveram numa reunião virtual, em que o Presidente entrou de forma inesperada.
"Deixem-me dizer isto tão claramente quando possível: sou candidato", disse Joe Biden. "Sou o líder do Partido Democrata. Ninguém me vai empurrar para fora", afirmou. "Não me vou embora. Estou nesta corrida até ao fim e vamos vencer".
As declarações do Presidente foram veiculadas por vários órgãos de comunicação, incluindo a agência de notícias Associated Press e o portal Politico, que não divulgaram a identidade das fontes.
A intervenção não programada na reunião do Comité Nacional do Partido Democrata aconteceu num momento de pressão crescente sobre Biden desde o desempenho desastroso no debate com Donald Trump.
Uma sondagem publicada pelo jornal New York Times mostra que, após o debate, Donald Trump aumentou consideravelmente a vantagem sobre Joe Biden, tendo agora mais seis pontos percentuais: 49% contra 43% das intenções de voto.
A sondagem indica que 74% dos eleitores inquiridos estão preocupados com as capacidades de Joe Biden, depois de este ter aparecido frágil e titubeante no debate.
A vice-Presidente norte-americana, Kamala Harris, também participou na reunião e reiterou o empenho na campanha, procurando esmagar a discussão sobre se Biden deve desistir.
Ao mesmo tempo, o chefe de gabinete da Casa Branca, Jeff Zients, procurou animar os funcionários perante o descalabro que se seguiu ao debate e pediu-lhes que se isolem do ruído causado pelo mau desempenho de Biden.
Zients citou o Presidente, que, no final do debate, disse que quando é deitado ao chão volta a levantar-se.
Os cerca de 500 funcionários ouviram o chefe de gabinete elencar as conquistas da administração e sublinhar a importância da governação, com a campanha a aquecer a caminho das eleições de 05 de novembro.
As vozes que pedem a Joe Biden para desistir da campanha multiplicaram-se nos últimos dias. O jornal Boston Globe publicou na quarta-feira um editorial, no qual pediu ao Presidente para abandonar a corrida "pelo bem do país e do seu legado". Vários editoriais e artigos de opinião têm feito eco do mesmo sentimento.
Em Washington, a porta-voz da Casa Branca Karine Jean-Pierre reiterou que Biden não planeia "de todo" retirar a candidatura e "continua a fazer campanha" e "está na corrida".
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