Na carta, os deputados Tally Gotliv, Keti Shitrit, Ariel Kallner e Osher Shekalim pedem a demissão do ministro Yoav Gallant e também do chefe das Forças de Defesa, Herzi Halevi, do seu porta-voz, Daniel Hagari, e do procurador-geral militar, Yifat Tomer-Yerushalmi, de acordo com o jornal The Times of Israel.
"Antes de iniciarmos uma campanha tão importante no Líbano, devemos fazer uma auditoria ao sistema", lê-se na carta em que os referidos quatro deputados sublinham que a renovação da liderança militar é essencial para garantir a vitória contra os inimigos de Israel.
Os deputados do Likud, considerados pela imprensa local como membros da linha dura do partido, consideram que Halevi falhou ao não informar Netanyahu e Gallant sobre um iminente ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro em solo israelita, que conduziu ao atual conflito na Faixa de Gaza.
Da mesma forma, censuram Halevi por não ter informado o Governo sobre a decisão de aprovar pausas humanitárias localizadas em alguns pontos da Faixa de Gaza para facilitar a distribuição de ajuda no sul do enclave palestiniano.
Nos seus ataques a Halevi, os deputados do Likud criticam-no ainda por ter declarado que era impossível destruir o Hamas, apesar de o executivo de Netanyahu se ter proposto eliminar a milícia palestiniana como um dos principais objetivos a cumprir com a ofensiva militar na Faixa de Gaza.
Os deputados do Likud instam o primeiro-ministro a substituir a liderança militar por outras pessoas fora da estrutura de segurança israelita, numa altura em que a extrema-direita começa a dirigir os seus ataques às Forças Armadas e aos serviços de informações.
A guerra eclodiu em 07 de outubro, quando os comandos do Hamas levaram a cabo um ataque sem precedentes no sul de Israel, que resultou na morte de 1.195 pessoas, na maioria civis.
De 251 pessoas raptadas durante o ataque, 116 continuam reféns na Faixa de Gaza, entre as quais 42 que se estimam mortas, segundo o Exército israelita.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que até ao momento fez 38.011 mortos, na maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Governo do emnclave liderado pelo Hamas, num conflito que ameaça alastrar-se ao Líbano.
Leia Também: Gantz garante a Netanyahu "apoio total" para acordo de libertação de reféns