Sociedade civil guineense debate participação no desenvolvimento do país 

As organizações da sociedade civil guineenses realizaram hoje um fórum da primeira convenção cidadã em que debateram vários pontos de agenda nacional, entre os quais a reforma do Estado que o primeiro-ministro disse ser "fundamental" para o país.

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Lusa
06/07/2024 18:29 ‧ 06/07/2024 por Lusa

Mundo

Guiné-Bissau

Rui Duarte de Barros presidiu à abertura do fórum, que juntou no Centro Cultural Francês de Bissau mais de duas centenas de representantes das organizações da sociedade civil e comunitárias, no culminar de três 'djumbais' (tertúlias) regionais organizadas nos últimos dias.

Estes encontros serviram para debates à volta de questões de interesse da população na perspetiva da participação das organizações da sociedade civil, nomeadamente a problemática do género e mulher, inclusão, direitos humanos, saúde, educação, alterações climáticas, segurança alimentar, juventude, emprego, poder local e descentralização, média e monitorização cívica, e reformas do Estado.

O primeiro-ministro destacou a pertinência do fórum, "dado o papel relevante das organizações da sociedade civil" no país e ainda enalteceu a visão destas organizações à volta de temas como a reforma do estado, o emprego, os recursos naturais, as alterações climáticas e a segurança alimentar.

Rui de Barros frisou que a reforma do Estado "é um assunto fundamental" para todos os governos da Guiné-Bissau e espera receber a visão das organizações da sociedade civil sobre a matéria.

"A sociedade civil desempenha um papel vital na construção de uma sociedade pacífica e na consolidação da democracia", disse Rui de Barros, salientando ainda o seu papel de fiscalizadora da ação do governo "enquanto contraponto do poder estatal".

O primeiro-ministro guineense prometeu não só a participação do Governo na monitorização das recomendações a sair da primeira convenção cidadã, como também a abertura para, em setembro, participar no primeiro fórum de diálogo entre as organizações da sociedade civil e o poder público.

O sociólogo Miguel de Barros, membro da coordenação da primeira convenção cidadã, espera que as organizações da sociedade civil intensifiquem a sua ação junto das populações, que melhorem a coordenação das suas intervenções e reforcem a prestação de contas.

Em relação ao diálogo com o poder político, em setembro próximo, Miguel de Barros adiantou que o encontro servirá para impulsionar a participação das organizações da sociedade civil guineense na governança do país.

A primeira convenção cidadã contou com os apoios financeiros da União Europeia e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no âmbito do Projeto de Estabilização Política e Reforma, através da Construção de Confiança e Diálogo Inclusivo na Guiné-Bissau.

Leia Também: Polícia guineense proíbe condução de motos sem capacete e exige carta

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