Erdogan admite poder convidar Presidente sírio a visitar a Turquia

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse hoje que pode convidar o seu homólogo sírio, Bashar al-Assad, a visitar a Turquia "em qualquer altura", num gesto de reconciliação após a rutura entre Ancara e Damasco.

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Lusa
07/07/2024 13:38 ‧ 07/07/2024 por Lusa

Mundo

Turquia

"Podemos enviar um convite (a Assad) em qualquer altura", afirmou Erdogan a jornalistas da agência noticiosa oficial Anadolu, a bordo de um avião proveniente de Berlim, onde assistiu ao jogo dos quartos de final do Euro-2024 entre a Turquia e os Países Baixos, que marcou a despedida da seleção turca da competição.

As relações entre a Turquia e a Síria foram seriamente afetadas com o início da guerra civil síria em 2011, que levou ao êxodo de milhares de sírios para a Turquia e a conflitos entre os dois países nas regiões fronteiriças.

A Turquia tencionava inicialmente derrubar o regime de Bashar al-Assad quando o conflito sírio eclodiu com a repressão violenta de manifestantes pacíficos em 2011.

No entanto, depois de ter apoiado vários grupos insurrectos, Ancara mostrou-se recentemente mais disposta a impedir a abertura de um "corredor do terror" no norte da Síria, como disse Erdogan em 2019.

Há muito que Erdogan fez saber que poderia reconsiderar as suas relações com Assad.

Em declarações aos jornalistas, o Presidente turco afirmou que alguns líderes, incluindo o Presidente russo, Vladimir Putin, sugeriram uma reunião com Assad na Turquia.

"Chegámos a um ponto em que, assim que Bashar al-Assad der um passo em direção a melhores relações com a Turquia, mostraremos a mesma abordagem", garantiu Erdogan.

As declarações de Erdogan surgem numa altura em que as tensões contra os refugiados sírios na Turquia aumentaram na última semana, com uma multidão a atacar propriedades e veículos sírios na cidade de Kayseri, na Anatólia.

A Turquia, que acolhe cerca de 3,2 milhões de refugiados sírios numa população de 85 milhões de habitantes, segundo a ONU, tem sido abalada em várias ocasiões por explosões xenófobas nos últimos anos, muitas vezes desencadeadas por boatos espalhados nas redes sociais e aplicações de mensagens instantâneas.

[Notícia atualizada às 14h05]

Leia Também: Erdogan ofereceu-se para pôr fim à guerra na Ucrânia. Kremlin disse "não"

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