Mais de 59% dos franceses votaram na segunda volta das eleições legislativas naquele país até às 17h00 (16h00 em Lisboa).
Os dados foram divulgados este domingo pelo Ministério do Interior, que deu conta de uma taxa de participação de 59,71% até às 17h00.
A taxa de participação ultrapassa a que se registava à mesma hora na primeira volta, que era de 59,39%.
Este valor é, também, superior aos 38,11% registados à mesma hora em 2022, segundo o Ministério.
Saliente-se que, até às 12h00 (11h00 em Lisboa), a taxa de participação situava-se nos 26,63%, acima dos 25,9% registados à mesma hora na primeira volta, tratando-se do valor mais elevado para umas eleições legislativas desde 1981 (28,3%), quando a esquerda chegou ao poder.
Nas últimas horas, o presidente francês, Emmanuel Macron, acompanhado pela sua mulher Brigitte, votou na sua circunscrição eleitoral de Touquet, no Pas-de-Calais.
O presidente limitou-se a publicar uma breve mensagem nas redes sociais, "Eu votei", uma vez que não está autorizado a fazer declarações ao abrigo da lei eleitoral.
#Législatives2024 I Taux de participation à 17h en France : 59,71%.
— Ministère de l'Intérieur et des Outre-mer (@Interieur_Gouv) July 7, 2024
️ En 2022, à la même heure, le taux de participation était de 38,11%.
Pour en savoir plus ⤵️https://t.co/GqjfrdjbVs pic.twitter.com/DAjGoG7PNh
Recorde-se que, na primeira volta das eleições, que ocorreu a 30 de junho, a União Nacional (RN, sigla em francês),o partido de extrema-direita de Marine Le Pen, conseguiu vencer pela primeira vez as legislativas, ao obter 33,1% dos votos e quase duplicar o seu apoio desde que a França elegeu a sua Assembleia Nacional pela última vez, em 2022.
Seguiu-se a aliança de esquerda Nova Frente Popular (que junta socialistas, ecologistas e comunistas e é liderada pela França Insubmissa (LFI, partido de esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon), com 28%.
Já o Ensemble (Juntos), agrupamento centrista e liberal encabeçado pelo Renascimento, partido do Presidente Emmanuel Macron, obteve 20%.
[Notícia atualizada às 16h21]
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