Esquerda francesa ultrapassa extrema-direita, que pode ficar em 3.º lugar
Jean-Luc Mélenchon salientou que "a vontade do povo deve ser estritamente respeitada", pelo que Macron "tem de se curvar e aceitar a sua derrota".
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Mundo França
Afinal, a aliança de esquerda Nova Frente Popular, que junta socialistas, ecologistas e comunistas e é liderada pela França Insubmissa (LFI, partido de esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon), ficou em primeiro lugar na segunda volta das eleições legislativas francesas deste domingo, com 172 a 192 deputados, de acordo com as primeiras estimativas.
Por seu turno, o Ensemble (Juntos), agrupamento centrista e liberal encabeçado pelo Renascimento, partido do presidente Emmanuel Macron, obteve 150 a 170 deputados.
Já a União Nacional (RN, sigla em francês), o partido de extrema-direita de Marine Le Pen, poderá ficar-se pelo terceiro lugar, com 120 e 150 deputados.
Perante estas projeções, Jean-Luc Mélenchon salientou que "a vontade do povo deve ser estritamente respeitada", pelo que Macron "tem de se curvar e aceitar a sua derrota".
"Conseguimos um resultado que nos disseram ser impossível. É um grande alívio para uma grande parte do país", disse, citado pelo Le Figaro.
E complementou: "Nenhum acordo seria aceitável. A derrota do presidente da República e da sua coligação está claramente confirmada. [...] O primeiro-ministro tem de sair. O presidente deve convocar a Nova Frente Popular para governar."
Recorde-se que, na primeira volta das eleições, que ocorreu a 30 de junho, a União Nacional conseguiu vencer pela primeira vez as legislativas, ao obter 33,1% dos votos e quase duplicar o seu apoio desde que a França elegeu a sua Assembleia Nacional pela última vez, em 2022.
Seguiu-se a aliança de esquerda Nova Frente Popular, com 28%. Já o Ensemble (Juntos), obteve 20%.
[Notícia atualizada às 19h18]
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