Líder do LFI exige nomeação de um primeiro-ministro de esquerda

O líder do França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, exigiu hoje ao Presidente francês, Emmanuel Macron, a nomeação de um primeiro-ministro da aliança de esquerda, que segundo as projeções ficou em primeiro lugar nas eleições legislativas.

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© SAMEER AL-DOUMY/AFP via Getty Images

Lusa
07/07/2024 19:57 ‧ 07/07/2024 por Lusa

Mundo

França

"O nosso povo rejeitou claramente a pior solução possível", afirmou Jean-Luc Mélenchon, líder da França Insubmissa (LFI), parte da coligação de esquerda Nova Frente Popular, acrescentando que o primeiro-ministro, Gabriel Attal, deve sair e a aliança de esquerda deve governar, o que foi recebido com muitos aplausos e gritos de apoio por parte dos apoiantes.

Os resultados da segunda volta das eleições legislativas surpresa são um "imenso alívio para a maioria das pessoas no nosso país", disse Jean-Luc Mélenchon, enquanto o partido de extrema-direita União Nacional (RN), que inicialmente se esperava que ganhasse, acabou por ficar em terceiro lugar.

Na praça La Rotunde Stalingrad, local onde o LFI organizou a sua noite eleitoral, os resultados foram recebidos em ambiente de festa por apoiantes, militantes e, inclusive, pelos jornalistas franceses.

Após o discurso, Jean-Luc Mélenchon apareceu numa das janelas do edifício para as centenas de pessoas que se juntaram para assistir aos resultados da noite eleitoral, o que causou uma onda de festejos.

"O presidente tem o poder, tem o dever de convocar a Nova Frente Popular para governar, esta está pronta para o fazer, a Nova Frente Popular respeitará o mandato que lhe foi conferido pelos votos, a palavra dada será mantida, a Nova Frente Popular aplicará o seu programa, nada mais do que o seu programa, mas todo o seu programa", declarou o líder do LFI.

Para Jean-Luc Mélenchon, Emmanuel Macron deve "curvar-se e aceitar a derrota", após receber um "voto popular maciço de desconfiança"

O líder de esquerda recusa-se a "entrar em negociações" com o partido presidencial, garantindo que "nenhum subterfúgio, acordo ou combinação será aceitável".

"Conseguimos um resultado que nos disseram ser impossível", declarou o líder do LFI, acrescentando que entre "os dois projetos radicalmente opostos", os franceses escolheram "a única alternativa coerente e solidária".

A esquerda "esteve à altura da ocasião histórica" e "mais uma vez salvou a República, mais uma vez pode começar a obra ecológica e social de que o nosso mundo, a Europa e o nosso povo tanto precisam", referiu.

No seu discurso, minutos após saírem os primeiros resultados, Mélenchon garantiu que "a Nova Frente Popular está pronta para governar".

"A Nova Frente Popular respeitará o mandato atribuído aos seus candidatos, a Nova Frente Popular aplicará o seu programa, nada mais do que o seu programa, todo o seu programa", prometeu o líder do LFI.

Segundo as primeiras estimativas divulgadas, na segunda volta das eleições nenhum dos três blocos obtém a maioria.

Para a Nova Frente Popular foram apontados entre 172 a 215 deputados, de acordo com as projeções de quatro institutos, com o partido LFI a ter entre 68 a 74 lugares.

Em segundo lugar, o partido presidencial com 150 a 180 lugares, à frente do partido de extrema-direita RN, com 115 a 155 deputados eleitos.

[Notícia atualizada às 20h53]

Leia Também: Lágrimas, apreensão e alguns gritos de "roubo" na sede do RN, em França

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