"Estou muito feliz com a demonstração de grandeza e maturidade das forças políticas na França que se uniram contra o extremismo nas eleições legislativas", disse o Presidente através de mensagem nas redes sociais.
Lula acrescentou que o resultado das eleições em França, assim como o das eleições de quinta-feira no Reino Unido, nas quais o Partido Trabalhista obteve uma vitória esmagadora sobre o Partido Conservador, "deve servir de inspiração" para a América do Sul.
Essa dupla vitória da esquerda na Europa reforça, segundo o Presidente brasileiro, "a importância do diálogo entre segmentos progressistas em defesa da democracia e da justiça social".
O Partido dos Trabalhadores (PT), partido fundado por Lula, também aplaudiu os resultados, e a sua presidente, Gleisi Hoffmann, disse que estes demonstram o "fracasso das políticas neoliberais e antipopulares que vinham sendo implementadas pelos conservadores".
Hoffmann também felicitou Jean-Luc Mélenchon, o político de extrema-esquerda e um dos líderes da coligação vencedora, a Nova Frente Popular, por "liderar" o processo.
Apesar da simpatia do PT por Mélenchon, Lula demonstrou durante este primeiro ano e meio do seu mandato uma grande harmonia com o Presidente francês, Emmanuel Macron, a quem recebeu com todas as honras durante uma visita de Estado ao Brasil em março.
A vitória da aliança de esquerda Nova Frente Popular (NFP) mantém em aberto a formação do novo governo em França, uma vez que nenhum dos blocos concorrentes nas eleições legislativas antecipadas alcançou maioria absoluta.
A coligação de esquerda terá assegurado entre 177 e 198 lugares na Assembleia Nacional, o parlamento francês, segundo as últimas projeções e resultados parciais, enquanto a aliança centrista do Presidente francês, Emmanuel Macron, surge em segundo lugar, com 152 a 169 lugares.
A extrema-direita da União Nacional caiu da liderança que obteve na primeira volta para um terceiro lugar no domingo, com a conquista de entre 135 e 143 lugares.
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