Aliança de 50 países condena julgamento de jornalista dos EUA na Rússia

Uma aliança formada por 50 países, a Media Freedom Coalition (MFC), condenou hoje o julgamento contra o correspondente norte-americano do The Wall Street Journal (WSJ), Evan Gershkovich, que qualificou como um ataque à liberdade de expressão.

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Lusa
09/07/2024 06:40 ‧ 09/07/2024 por Lusa

Mundo

Rússia/EUA

Numa declaração assinada por 25 países, incluindo Portugal, EUA, Canadá, Espanha, França, Alemanha e Reino Unido, a aliança afirmou que a detenção e julgamento de Gershkovich representam uma "hostilidade preocupante à liberdade de imprensa na Rússia".

"O jornalismo não é um crime. Quando os jornalistas são atacados pelo seu trabalho, o mundo perde uma das suas fontes de informação mais valiosas", escreveu a coligação.

O MFC associa o caso de Gershkovich a "uma ofensiva sistemática contra a liberdade de imprensa" por parte do Kremlin, que levou à prisão de "dezenas de jornalistas" na Rússia, tanto russos como estrangeiros, pelo seu trabalho e em particular pela cobertura da invasão na Ucrânia.

"Outras centenas de jornalistas foram forçados ao exílio", acrescentou o grupo, que apelou à "libertação imediata de todos os jornalistas que foram detidos injustamente" pelas autoridades russas.

Gershkovich, filho de um casal soviético que emigrou para o EUA em 1979, foi preso em março de 2023 pelas autoridades russas sob acusação de espionagem e recolha de informações secretas sobre as atividades da empresa Uralvagonzavod, um fabricante de armas pesadas.

No momento da detenção, o correspondente do WSJ fazia uma reportagem numa cidade a leste dos Urais.

O julgamento de Gershkovich começou na semana passada e é o primeiro por espionagem contra um jornalista americano na Rússia desde o fim da guerra fria.

Leia Também: Rússia violou direito internacional ao deter jornalista dos EUA, diz ONU

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