Numa declaração assinada por 25 países, incluindo Portugal, EUA, Canadá, Espanha, França, Alemanha e Reino Unido, a aliança afirmou que a detenção e julgamento de Gershkovich representam uma "hostilidade preocupante à liberdade de imprensa na Rússia".
"O jornalismo não é um crime. Quando os jornalistas são atacados pelo seu trabalho, o mundo perde uma das suas fontes de informação mais valiosas", escreveu a coligação.
O MFC associa o caso de Gershkovich a "uma ofensiva sistemática contra a liberdade de imprensa" por parte do Kremlin, que levou à prisão de "dezenas de jornalistas" na Rússia, tanto russos como estrangeiros, pelo seu trabalho e em particular pela cobertura da invasão na Ucrânia.
"Outras centenas de jornalistas foram forçados ao exílio", acrescentou o grupo, que apelou à "libertação imediata de todos os jornalistas que foram detidos injustamente" pelas autoridades russas.
Gershkovich, filho de um casal soviético que emigrou para o EUA em 1979, foi preso em março de 2023 pelas autoridades russas sob acusação de espionagem e recolha de informações secretas sobre as atividades da empresa Uralvagonzavod, um fabricante de armas pesadas.
No momento da detenção, o correspondente do WSJ fazia uma reportagem numa cidade a leste dos Urais.
O julgamento de Gershkovich começou na semana passada e é o primeiro por espionagem contra um jornalista americano na Rússia desde o fim da guerra fria.
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