De acordo com um comunicado de imprensa do Departamento de Estado, "os Estados Unidos partilham as preocupações expressas no relatório final do Grupo de Peritos das Nações Unidas sobre a República Democrática do Congo (RDCongo) e apoiam a continuação da investigação sobre os autores de violações e abusos dos direitos humanos na RDCongo".
Este conflito na RDCongo, país que faz fronteira com Angola, deixou milhões de pessoas expostas a violações dos direitos humanos e à violência, incluindo deslocações, privações, execuções extrajudiciais e violência sexual relacionada com o conflito, referiu.
"Apelamos à RDCongo para que ponha imediatamente termo à colaboração de elementos das Forças Armadas Congolesas (FARDC) com as Forças Democráticas de Libertação do Ruanda (FDLR), em violação das ordens das chefias militares", instaram os EUA.
"Registamos igualmente as provas apresentadas no relatório de ataques contra a missão de manutenção da paz da ONU, MONUSCO, e reiteramos que tais ações são inaceitáveis", indicaram.
Os Estados Unidos exortam todas as partes no conflito a aderir à trégua humanitária, indicaram.
"Pedimos ao Ruanda e à RDCongo que cumpram os seus compromissos no âmbito do processo de Luanda e apelamos a todas as partes para que respeitem os direitos humanos, cumpram as obrigações aplicáveis ao abrigo do direito humanitário internacional e responsabilizem todos os intervenientes pelas violações e abusos dos direitos humanos no conflito no leste da RDCongo", concluiu.
Desde o final de 2021 que o Movimento 23 de Março (M23), alegadamente apoiado pelo Ruanda, conquistou vastas extensões de território na província de Kivu do Norte, cercando quase completamente a capital, Goma.
Os peritos do Conselho de Segurança das Nações Unidas que investigam o conflito na RDCongo consideram que há três a quatro mil soldados ruandeses a combater ao lado dos rebeldes do M23 no leste do país.
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