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Invasão russa acelera significativamente declínio demográfico do país

A invasão russa da Ucrânia de 2022 acelerou o declínio demográfico e afetará negativamente "por muitas décadas" a estrutura e a dinâmica da população ucraniana, com um declínio entre 21% e 31% até 2052, indica hoje um estudo.

Invasão russa acelera significativamente declínio demográfico do país
Notícias ao Minuto

13:10 - 10/07/24 por Lusa

Mundo Ucrânia

Os dados estão contidos na nova edição da "Folha de Dados Demográficos Europeus", publicada de dois em dois anos, refere o Instituto Internacional de Sistemas Aplicados de Viena (IIASA), num comunicado hoje divulgado.

"A guerra na Ucrânia desencadeou provavelmente o maior fluxo migratório na Europa desde a expulsão dos alemães de muitos países após a Segunda Guerra Mundial", explicou Tomás Sobotka, especialista do Instituto de Demografia da Academia Austríaca de Ciências e um dos autores do estudo, na nota.

Em meados de 2023, 5,9 milhões de pessoas tinham fugido da Ucrânia e outras 5,1 milhões estavam deslocadas internamente, segundo o estudo.

Desde a independência, em 1991, a Ucrânia registou um declínio demográfico atribuído a baixas taxas de natalidade e a taxas de mortalidade e emigração relativamente elevadas, uma evolução que a guerra "acelerou dramaticamente", observou Sobotka.

Nesse sentido, a estrutura e a dinâmica populacional do país serão "negativamente influenciadas durante muitas décadas", acrescentou.

No melhor cenário da análise, que prevê uma rápida recuperação da Ucrânia com mais imigração do que emigração, a população da Ucrânia diminui 21%, passando de 43,3 milhões no início de 2022 para 34,3 milhões em 2052.

No cenário mais pessimista, com uma guerra prolongada e pouco regresso dos emigrantes, a população diminuiria 31%, para 29,9 milhões em 2052.

Na "European Demographic Factsheet", uma equipa de investigadores do Instituto de Demografia da Academia Austríaca das Ciências (OAW) e do Centro Wittgenstein de Viena, em cooperação com a Universidade de Viena e o IIASA, estudou e visualizou as tendências demográficas em 45 países europeus.

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